Cavaco enviou a nova requalificação dos FPs para o TC , e também os cortes nas pensões dificilmente deixarão de lá ir ter e tal como nos dixem os mercados ,as constituições antifascistas da periferia do Euro são um empecilho, diz JP Morgan
O JP Morgan, um dos maiores bancos de investimento do mundo, diz que há um problema no sul da Europa, mas não é nem a elevada taxa de desemprego, ou a recessão induzida pela austeridade. É a constituição, de “forte cariz socialista”, e os direitos laborais inscritos nas constituições pelos partidos de esquerda depois da queda dos regimes fascistas.
Portugal é apontado, pelo JP Morgan, como o exemplo dos entraves constitucionais ao ajustamento orçamental e económico pretendido pelo Governo
A “solução”, aponta um dos maiores bancos de investimento do mundo, é clara: alterar as constituições e redefinir as bases do sistema político, retirando a proteção constitucional em áreas como os direitos laborais.
A maioria das 16 páginas do documento revela a visão do sistema financeiro sobre a crise, não oferecendo nenhuma novidade relevante, entendendo que a austeridade está a meio do caminho mas é um processo irreversível que tem que ser aprofundado até produzir os efeitos estruturais pretendidos. Mas é na análise política que a JP Morgan avança, com uma crueza e sinceridade rara num documento com estas características, para explicações muito pouco ortodoxas.
“Os sistemas políticos na periferia foram criados no rescaldo da ditadura e foram definidos por essa experiência. As suas constituições tendem a mostrar um forte cariz socialista, refletindo a força política dos partidos de esquerda após a derrota do fascismo”, pode ler-se no documento.
Portugal é mesmo apontado como o exemplo dos entraves constitucionais ao ajustamento orçamental e económico pretendido pelo Governo. “Os países da periferia têm sido parcialmente bem sucedidos na sua agenda de reformas orçamentais e económicas, com os governos a serem constrangidos pela constituição (Portugal), regiões poderosas (Espanha), e o crescimento de partidos populistas (Itália e Espanha)”, defende o JP Morgan.
A análise que o banco faz desta “especificidade” não podia ser mais esclarecedora. “Os sistemas políticos da periferia, geralmente, exibem várias das seguintes características: executivos fracos; estados centrais fracos em relação às regiões; proteção constitucional dos direitos dos trabalhadores; sistemas de construção de consenso que fomentam o clientelismo político e o direito à manifestação caso alguém tente colocar em causa o status quo. As deficiências deste legado político foram expostas pela crise”, defende o JP Morgan.
Recorde-se que o JP Morgan, depois do Santander, é o banco com maiores interesses nos contratos swap celebrados com algumas empresas públicas portuguesas. No último mês, o Governo PSD-CDS renegociou contratos com este banco pelos quais teve que pagar um valor superior a 440 milhões de euros. Tanto o parecer financeiro, do IGCP, como o jurídico solicitado pelo Governo, recomendava a denúncia imediato destes contratos e que o Estado português seguisse a via litigante em tribunal.
aqui pelo tripalio dizemos que se calhar foi o TC impedir mais cortes ( nos subsídios dos aposentados) que levou a que a ecomomia não afundasse tanto... mas o Governo/ Mercados querem levar esta merda ao fundo mesmo e por isso aí estão mais cortes e despedimentos para animar a economia... Muito aguenta este povo...
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