Em entrevista à revista Sábado, o linguista norte-americano que visitou Portugal na semana passada ataca o "capitalismo distorcido" que faz os povos da periferia europeia pagarem pelos empréstimos arriscados dos bancos.
14 de Maio, 2015 - 13:55h
Foto Ministério da Cultura da Argentina/Flickr
"A crise em Portugal, Grécia, Espanha e outros países da periferia europeia é reveladora", afirmou Chomsky numa entrevista publicada esta quinta-feira na revista Sábado. "Se fossem aplicados os princípios básicos do capitalismo, eram os bancos alemães e de outros países do Norte que tinham de suportar a crise, pois concederam empréstimos de alto risco, com elevadas taxas de juro", acrescentou.
Para Noam Chomsky, que encheu na semana passada o auditório da Gulbenkian numa conferência universitária, "na Europa, os bancos conseguiram que os riscos que tinham assumido fossem suportados pelos Estados". Trata-se portanto de um "capitalismo distorcido", acusa o linguista: "Os portugueses estão a pagar as aventuras dos bancos alemães, que fizeram empréstimos arriscados".
A seguir à crise financeira, pouca coisa mudou, regista Chomsky. "Os últimos relatórios do FMI mostram que os bancos continuam a ter grandes lucros, sobretudo devido às políticas de isenção fiscal e subsídios diretos e indiretos dos governos", conclui.
Para Noam Chomsky, que encheu na semana passada o auditório da Gulbenkian numa conferência universitária, "na Europa, os bancos conseguiram que os riscos que tinham assumido fossem suportados pelos Estados". Trata-se portanto de um "capitalismo distorcido", acusa o linguista: "Os portugueses estão a pagar as aventuras dos bancos alemães, que fizeram empréstimos arriscados".
A seguir à crise financeira, pouca coisa mudou, regista Chomsky. "Os últimos relatórios do FMI mostram que os bancos continuam a ter grandes lucros, sobretudo devido às políticas de isenção fiscal e subsídios diretos e indiretos dos governos", conclui.
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