Continuem
O bom andamento da economia britânica não está a ser fácil para o Banco de Inglaterra, que tem tido de rever constantemente as suas previsões pessimistas desde meados de 2016. Apostaram num choque que não ocorreu. Embaraçosa, realmente, foi a campanha económica contra a saída da UE à boleia do chamado projecto medo e por isso logo a seguir ao referendo defendi no Negócios que o resultado também assinalava o merecido descrédito público da economia convencional.
O embaraço alarga-se a outros defensores da integração: exibindo os hábitos pós-democráticos do consenso de Bruxelas, um distinto europeísta garantia-nos, quando foi conhecida em Novembro a primeira decisão do tribunal, que a obrigatória votação no parlamento “dificilmente não será contra o Brexit”. Não estava só no revelador desejo. Anteontem, o parlamento reconheceu naturalmente a vontade do soberano. É um bom hábito.
Por falar em bons hábitos, já que cerca 80% dos deputados trabalhistas respeitou o resultado do referendo, talvez esta seja uma boa oportunidade para o partido abandonar o meio da ponte e regressar à posição céptica em relação a uma integração anti-democrática e anti-socialista, que foi maioritariamente a sua até à derrota dos anos oitenta
João rodrigues ( do blog entre as brumas da memória)
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