domingo, 24 de novembro de 2013

Ontem, em Espanha milhares manifestaram-se contra a austeridade, contra a ilegalização de manifs...

Milhares manifestam em Madri contra políticas de austeridade
Protestos contra medidas de austeridade e contra lei anti-manifestações tomaram conta das ruas da capital espanhola.
Protestos contra medidas de austeridade e contra lei anti-manifestações tomaram conta das ruas da capital espanhola.
REUTERS/Juan Medina

RFI
As ruas de Madri foram tomadas por milhares de pessoas nesse sábado, 23 de novembro. A passeata, organizada por sindicatos e ONGs, é um protesto contra as medidas de austeridade impostas pelo governo para tentar tirar o país da crise econômica. Os espanhóis também contestam um polêmico projeto de lei, estudado nesse momento pela equipe do primeiro-ministro Mariano Rajoy, que visa censurar as manifestações populares.


Dois anos após a chegada do governo de direita do primeiro-ministro Mariano Rajoy ao poder, os espanhóis decidiram sair novamente às ruas nesse sábado. Convocados pelos sindicatos e organizações não-governamentais representantes de várias categorias da sociedade (funcionários públicos, ecologistas, professores, médicos), milhares de pessoas manifestaram em Madri em protesto contra a crise social que toma conta da Espanha.
Apesar de uma recente retomada econômica do país, os espanhóis continuam insatisfeitos com as políticas de austeridade impostas pelo governo de Rajoy e pela instabilidade econômica e social que ainda paira sobre a Espanha. Um dos termômetros desse contexto são altos índices de desempregos, que atingem cerca de 26% da população ativa.
O sistema bancário, visto como um dos causadores da crise, é um dos principais alvos dos manifestantes. Cartazes pedindo que os bancos sejam “julgados” podiam ser vistas durante o protestos. Faixas reivindicando melhoras nos serviços públicos e nas pensões – fortemente atingidos pelas medidas de rigor do governo – também faziam parte do cortejo.
Alguns participantes também protestaram contra um projeto de lei do governo visando restringir os protestos de rua. O texto, considerado pela esquerda com uma forma de “repressão cidadã” prevê multas de até 600 mil euros (quase 2 milhões de reais) em caso de manifestação não-autorizada, como há dois anos, com o movimento dos Indignados que tomou o centro de Madri. A organização ecologista Greenpeace, que participou da passeata desse sábado, divulgou um comunicado no qual contesta a projeto de lei, apontada como “um atentado ao direito de manifestar publicamente”.


Nota: o fascismo está mesmo aí à porta...

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