Doutor Sócrates, um cidadão brasileiro
Não preciso repetir que Sócrates era genial, que usava o calcanhar para dar passes e até lançamentos como forma de driblar a parte física, que era talento puro e por aí afora. Sabemos todos desta parte da carreira do Doutor Sócrates, formado em medicina pela USP ainda antes de ganhar o mundo no Corinthians.
Gostaria de lembrar agora, no dia de sua morte, de um bem mais importante que todos estes: o de jogador engajado (na Copa de 1986 erraram o hino brasileiro na estreia contra a Espanha e ele protestou na hora) e com consciência política. O punho cerrado e o braço erguido na comemoração do gol não eram por acaso. Quero lembrar do cidadão Sócrates.
Durante a ditadura, sempre que podia, ele mandava seu recado. Nos comícios das Diretas Já, em 1985, quando a população exigia a aprovação da emenda Dante de Oliveira (nome do deputado do PMDB autor da emenda pedindo a volta das eleições diretas para presidente), o discurso dele era um dos mais esperados.
Ídolo nacional e popular, os craques começavam a tomar o caminho da Europa com mais força. No palanque, ao lado de outra personalidades políticas e culturais, ele dizia o seguinte:
– Se a democracia plena voltar ao ao meu país, e o povo voltar a escolher o seu presidente, eu afirmo: não saio do Brasil.
Era de arrepiar. A massa delirava.
A emenda Dante de Oliveira não passou naquele Congresso Nacional atrelado aos militares. O país mergulhou no maior baixo astral institucional recente. Sócrates não teve como cumprir a sua promessa. Foi para a Fiorentina, na Itália.
Mas Sócrates exibiu esta marca: não temia os poderosos. Enfrentava-os, fossem eles dirigentes ou generais. O Brasil perde mais que um ex-jogador que foi craque.
O Brasil perde um cidadão exemplar na sua condição de ídolo e figura pública
Nota de tripalio: só o futebol põe tanta gente de punho fechado...Esta imagem é da nomenagem a
Sócrates
é mesmo muita coincidência!
Gostaria de lembrar agora, no dia de sua morte, de um bem mais importante que todos estes: o de jogador engajado (na Copa de 1986 erraram o hino brasileiro na estreia contra a Espanha e ele protestou na hora) e com consciência política. O punho cerrado e o braço erguido na comemoração do gol não eram por acaso. Quero lembrar do cidadão Sócrates.
Durante a ditadura, sempre que podia, ele mandava seu recado. Nos comícios das Diretas Já, em 1985, quando a população exigia a aprovação da emenda Dante de Oliveira (nome do deputado do PMDB autor da emenda pedindo a volta das eleições diretas para presidente), o discurso dele era um dos mais esperados.
Ídolo nacional e popular, os craques começavam a tomar o caminho da Europa com mais força. No palanque, ao lado de outra personalidades políticas e culturais, ele dizia o seguinte:
– Se a democracia plena voltar ao ao meu país, e o povo voltar a escolher o seu presidente, eu afirmo: não saio do Brasil.
Era de arrepiar. A massa delirava.
A emenda Dante de Oliveira não passou naquele Congresso Nacional atrelado aos militares. O país mergulhou no maior baixo astral institucional recente. Sócrates não teve como cumprir a sua promessa. Foi para a Fiorentina, na Itália.
Mas Sócrates exibiu esta marca: não temia os poderosos. Enfrentava-os, fossem eles dirigentes ou generais. O Brasil perde mais que um ex-jogador que foi craque.
O Brasil perde um cidadão exemplar na sua condição de ídolo e figura pública
Nota de tripalio: só o futebol põe tanta gente de punho fechado...Esta imagem é da nomenagem a
Sócrates
é mesmo muita coincidência!
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