HISTORIA E MEMORIAL DE JOAQUIM AGOSTINHO |
JOAQUIM FRANCISCO AGOSTINHO, nasceu em Brejenjas no Concelho de Torres Vedras, no dia 7 de Abril de 1943.
Era o quarto filho de uma família modesta de camponeses.No ínicio, a sua vida foi igual à de muitos outros. Trabalhou no campo e casou com uma rapariga da terra, Ana Maria, com quem teve um filho.
Aos 18 anos foi chamado a combater na Guerra Colonial, em Moçambique, onde participou numa corrida de bicicletas em Vila Cabral que ganhou, no entanto, ele gostava era de jogar futebol. Uma vinda a Portugal para matar saudades da mulher, Ana Maria alteraria definitivamente a sua vida. Com a recordação da vitória em Vila Cabral viva na sua mente, Joaquim Agostinho pediu emprestado ao seu vizinho, João Roque, um equipamento para se treinar. João Roque, que tinha ganho a Volta a Portugal em 1963, acompanhou-o e ficou espantado com as qualidades de Joaquim Agostinho, sem perder tempo, levou-o a treinar ao Sporting. Estávamos em Fevereiro de 1968 e Joaquim Agostinho tinha 25 anos. Em Abril do mesmo ano entrou no Campeonato Regional de Fundo para Amadores. Venceu a primeira prova, classificou-se em 3º lugar na segunda e venceu a 3ª prova, conquistando o título de Campeão Regional.Em Agosto de 1968, participou pela primeira vez na Volta a Portugal. Embora não tenha vencido nenhuma etapa, os tempos realizados por este ciclista valeram-lhe o segundo lugar e a vitória por equipas. Após esta prova foi seleccionado para o Campeonato Mundial de Estrada, em Imola. Conseguiu a melhor classificação portuguesa de sempre, ao ficar em 16º lugar, e foi o único português a concluir a prova.Joaquim Agostinho venceu por cinco anos consecutivos (de 1969 a 1974) o Campeonato Nacional de Fundo Individual. Venceu a Volta a Portugal em três anos consecutivos (entre 1970 e 1972). Participou por 13 vezes na Volta à França e nos anos de 1978 e 1979 conseguiu a melhor posição de sempre, classificando-se em terceiro lugar. Em 1972, participou na Volta à Suíça e obteve o quinto lugar.Em 1971, Joaquim Agostinho correu pelo Sporting e pela “Hoover” de Gribaldy.O ciclista deixou o Sporting em 1972 e foi para França, para correr com a camisola da “Frimatic”. No ano de 1973 correu pela “Bic”, para regressar ao Sporting em 1975.
Aos 18 anos foi chamado a combater na Guerra Colonial, em Moçambique, onde participou numa corrida de bicicletas em Vila Cabral que ganhou, no entanto, ele gostava era de jogar futebol. Uma vinda a Portugal para matar saudades da mulher, Ana Maria alteraria definitivamente a sua vida. Com a recordação da vitória em Vila Cabral viva na sua mente, Joaquim Agostinho pediu emprestado ao seu vizinho, João Roque, um equipamento para se treinar. João Roque, que tinha ganho a Volta a Portugal em 1963, acompanhou-o e ficou espantado com as qualidades de Joaquim Agostinho, sem perder tempo, levou-o a treinar ao Sporting. Estávamos em Fevereiro de 1968 e Joaquim Agostinho tinha 25 anos. Em Abril do mesmo ano entrou no Campeonato Regional de Fundo para Amadores. Venceu a primeira prova, classificou-se em 3º lugar na segunda e venceu a 3ª prova, conquistando o título de Campeão Regional.Em Agosto de 1968, participou pela primeira vez na Volta a Portugal. Embora não tenha vencido nenhuma etapa, os tempos realizados por este ciclista valeram-lhe o segundo lugar e a vitória por equipas. Após esta prova foi seleccionado para o Campeonato Mundial de Estrada, em Imola. Conseguiu a melhor classificação portuguesa de sempre, ao ficar em 16º lugar, e foi o único português a concluir a prova.Joaquim Agostinho venceu por cinco anos consecutivos (de 1969 a 1974) o Campeonato Nacional de Fundo Individual. Venceu a Volta a Portugal em três anos consecutivos (entre 1970 e 1972). Participou por 13 vezes na Volta à França e nos anos de 1978 e 1979 conseguiu a melhor posição de sempre, classificando-se em terceiro lugar. Em 1972, participou na Volta à Suíça e obteve o quinto lugar.Em 1971, Joaquim Agostinho correu pelo Sporting e pela “Hoover” de Gribaldy.O ciclista deixou o Sporting em 1972 e foi para França, para correr com a camisola da “Frimatic”. No ano de 1973 correu pela “Bic”, para regressar ao Sporting em 1975.
Em 1978 ingressou na “Velda-Lano-Flandria”.Em 1979, 10 anos após a sua estreia no Tour, Joaquim Agostinho, alcançaria o maior feito da sua carreira, ao vencer a mítica etapa de L’Alpe-Duez, foi no dia 15 de Julho. Joaquim Agostinho tornou-se um dos nomes históricos da Volta a França. Em homenagem à grande vitória de Joaquim Agostinho na mítica etapa a organização deu o nome de Agostinho à 17ª curva da subida do L’Alpe-Duez.
Correu ainda mais dois anos em França. Em 1980, dado como acabado para o ciclismo, alcança o quinto lugar, ao serviço da “Puch-Campagnolo”, posição que o deixou frustado. No ano seguinte correndo pelas cores da “Sem-France Loire”, desiste pela primeira e única vez, no Tour. A passar por dificuldades financeiras volta ao Tour pela última vez em 1983. Com 40 anos fez o feito, de terminar na 11ª posição.Em 1984 decidiu regressar de vez a Portugal e acabar a carreira no seu Sporting.
No dia 30 de Abril disputava-se a 5ª etapa da X Volta ao Algarve, quando Joaquim Agostinho sofreu uma fractura craniana, num acidente provocado por um cão que se atravessou no seu caminho. Com a camisola amarela vestida, voltou a montar a bicicleta e cortou a meta com a ajuda de dois colegas do Sporting. Pediu que o levassem à pensão para descansar. As dores de cabeça aumentaram e foi levado para o hospital de Loulé. A situação agrava-se drasticamente e é evacuado para o hospital da CUF, em Lisboa. Não é transportado por via aérea e acaba por fazer uma longa viagem de ambulância, chegando à capital em coma. Foi operado 10 horas depois do acidente e nos 10 dias seguintes, sempre em coma, luta contra a morte, que acaba por derrotá-lo a 10 de Maio de 1984.
Palmarés
1968- 1º Na Volta ao Estado de São Paulo, 1 etapa, Campeão Nacional, 1º no contra-relógio do Campeonato Nacional, 2º no GP do Porto, 1 etapa, 1º no Circuito de Loures, 2º no Campeonato Nacional de Montanha, 2º na Volta a Portugal, 2º no GP do Sul, 16º no Mundial de Estrada.
1969- Campeão Nacional, 1º no contra-relógio do Campeonato Nacional, 1º no Campeonato Nacional de c/relógio por equipas, 1º do Trophée Baracchi (com H. Van Springel), 1º no GP Riopelle, 1 etapa, 1º no GP Robbialac, 2 etapas, 8º no Tour de France, 2 etapas, 7º na Volta a Portugal, 1 etapa, 1 etapa na Volta ao Luxemburgo, 5º no GP des Nations, 6º no GP Famel, 15º no Mundial de Estrada, 18º do Super Prestige Pernod.
1970- Campeão Nacional, 1º no contra-relógio do Campeonato Nacional, 1º Na Volta a Portugal, 4 etapas, 1 etapa na Semana Catalã, 3º Na Escalada de Montjuich, 14º no Tour de France.
1971- Campeão Nacional, 1º No contra-relógio do Campeonato Nacional, Campeão Nacional de Perseguição Individual, 1º na Volta a Portugal, 8 etapas, 1º no GP de Sintra, 2 etapas, 3º na Clássica Porto-Lisboa, 3º na corrida A Travers la Lausanne, 5º no Tour de France, 17º no Dauphiné Libere.
1972- Campeão Nacional, 1º No contra-relógio do Campeonato Nacional, 1º na Volta a Portugal, 6 etapas, 1º no GP de Sintra, 1 etapa, 2 etapas no GP de Torres Vedras, 1º no Prémio de Lisboa, 5º na Volta à Suíça, 2 etapas, 8º no Tour de France, 17º no Liège-Bastogne-Liège.
1973- Campeão Nacional, 1º No contra-relógio do Campeonato Nacional, 7 etapas na Volta a Portugal, 8º no Tour de France, 1 etapa, 1º no Prémio do Estoril, 1 etapa, 5º no Midi Libre, 6º na Vuelta a España, 13º no Dauphiné Liberé, 15º no Paris-Nice, 20º no Mundial de Estrada.
1974- 2º da Vuelta a España, 2 etapas, 1º no Prix de Serenac, 1º no Prix de Montastruc, 1º na Côte d’Allevard, 3º na Semana Catalã, 6º no Tour de France ,8º no Midi Libre, 10º do Super Prestige Pernod.
1975- 1º No GP Clock, 3 etapas, 1º no Circuito de Tavira, 1º no Prémio de São João das Lampas, 3º no Tour de l’Aude, 12º Na Vuelta ao País Basco, 15º no Tour de France, 15º No Paris-Nice, 19º no Dauphiné Libere.
1976- 7º na Vuelta a España, 1 etapa, 3º na Vuelta ao País Basco, 3º Na Vuelta a Levante, 6º na Semana Catalã.
1977- 2 Etapas Na Vuelta a Los Vales Mineros, 13º no Tour de France, 1 etapa, 4º no Dauphiné Liberé, 4º na Semana Catalã, 5º na Ronde de Seignelay, 5º no Prix de Carhaix, 6º na Vuelta a Levante, 15º na Vuelta a España.
1978- 1º no Prix de Monteron, 1º no Prix de Vailly, 3º no Tour de France, 2º no Prix d’Auzances, 3º na Volta à Córsega, 3º no Prix d’Oradour-sur-Glane, 4º no Prix de Roanne, 21º na Volta à Suíça, 23º no Dauphiné-Liberé.
1979- 3º no Tour de France, 1 etapa (Alpe d’Huez),1 etapa no Midi Libre , 1º no Prix de Jugon ,1º no Prix de Prayssac , 6º no Dauphiné Liberé.
1980- 1º no Prix de Lamballe, 1º no Prix d’Obernai, 1º na Ronde de Garancières-en-Beauce, 5º no Tour de France, 3º no Midi Libre, 3º no Bordeaux-Paris, 3º no Dauphiné Libere, 3º nos Quatro dias de Dunquerque, 3º na Volta à Córsega, 3º no Prix Bain-de-Bretagne, 5º no Tour de France, 19º no Critérium International, 7º do Super Prestige Pernod.
1981- 3º No Dauphiné Libere, 5º no Tour da Romandia.19831º no Prix du Castillon-la-Bataille, 2º no Bol d’Or des Monédières, 4º na Escalada Grabs-Voralp, 11º no Tour de France, 14º no Tour da Romandia, 24º na Volta à Suíça.
1984- 1 Etapa na Volta ao Algarve.
Maiores destaques:Volta a Portugal:1968 - 2º, 1969 – 7º, 1970 – 1º, 1971 – 1º, 1972 – 1º.Tour de France:1969 - 8º, 1970 – 14º, 1971 – 5º, 1972 – 8º, 1973 – 8º, 1974 – 6º, 1975 – 15º, 1977 – 3º, 1978 – 3º, 1979 – 3º, 1980 – 5º, 1983 – 11º.Vuelta a España:1973 - 6º, 1974 – 2º, 1976 – 7º, 1977 – 15º.
Campeão Nacional 6 vezes consecutivas (1968 a 1973).
Vencedor das etapas míticas de: Alpe d’Huez (Tour) – 1979, Cangas de Oniz (Vuelta) – 1974, Torre – 1971, 1973, Penhas da Saúde – 1970, 1971, Solothurn Balmberg (V. Suíça) – 1972.
1º Nas Subidas de: Puerto del Léon (Vuelta) – 1972, Côte de Laffrey (Tour) – 1971, First plan (Tour) – 1969, Grammont (Tour) – 1971, Manse (Tour) – 1972, Lautaret (Tour) – 1972, Hundruck (Tour) – 1972, Oderen (Tour) – 1972, Lalouvesc (Tour) – 1977, Croix de Chabouret (Tour) – 1977.
Ciclista do Ano do CycloLusitano:1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1978, 1979, 1980.
Foi um gigante do ciclismo mundial. Uma força da natureza que levava os seus opositores à exaustão. Vitórias nas etapas de montanha, como a de L’Alpe-d’Huez, deram a Joaquim Agostinho um estatuto quase mítico. O trabalhador rural transformou-se no ciclista profissional que encantou o País. Em 1968 entrou no Sporting Clube de Portugal, dando início a uma carreira triunfante. Venceu três vezes a Volta a Portugal e foi duas vezes 3.º classificado na Volta à França. “Um fenómeno”, considera-o a jornalista Leonor Pinhão
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