Perto de uma centena de trabalhadores do Centro Nacional de Pensões (CNP) realizaram esta quarta-feira um plenário no exterior do edifício em Entrecampos, em Lisboa, para denunciarem as más condições dos serviços e contestarem o aumento do horário de trabalho.
«Este protesto pretende chamar a atenção da opinião pública e do Governo relativamente às condições de trabalho que aqui se verificam. Não só são degradantes, como põem em causa a segurança dos trabalhadores e a própria prestação do serviço público», disse o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que marcou presença nesta iniciativa.
O líder da CGTP referiu ainda que é intenção dos trabalhadores do CNP melhorarem a prestação do serviço público, mas não conseguem fazê-lo, uma vez que há falta de pessoal nos serviços, que cumprem já 40 horas de trabalho semanais.
«Este é um processo que faz parte de uma lógica que o Governo tem de destruir a Segurança Social pública, universal e solidária», reforçou o sindicalista.
Também a coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, participou neste plenário e denunciou a falta de condições de trabalho num edifício «em ruínas».
Ana Avoila referiu ainda que o aumento do horário de trabalho «só veio penalizar ainda mais os trabalhadores», que têm na sua posse «milhares de processos aos quais não conseguem dar resposta».
O aumento do horário de trabalho, a falta de condições do edifício, o aumento do volume de trabalho e a falta de pessoal motivou os trabalhadores do CNP a realizarem este plenário na rua, no qual foi aprovada por unanimidade uma moção que reforça a continuação da luta dos funcionários por melhores condições de trabalho.
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