sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Vem aí regresso aos cortes....
No relatório que recebeu está lá o facto neo liberal: há polícias, professores e militares a mais...E querem introduzir as" indeminizações por mútuo acordo", para os fp normais . O ano de 2012, foi o ano de despedirem os precários ( quase 1000 das novas oportunidades no IEFP), mais 2000 na Educação ( novas oportunidades), despedimentos de contratados que ficaram foram dos concursos ( todos juntos são muitos). Agora vão se virar directinhos para os efectivos, com as tangas das rescisões amigáveis, e com encerramento de serviço. Como é preciso cortar à bruta palpita-me que vem aí enxurrada da grossa para quem trabalha na AP. E sempre com o argumento da igualdade face ao privado: ou seja se uns podem ser despedidos, outros também podem... é o argumento mais porco que existe, mas estes filhos da puta vão usá-lo. Para os fps normaizinhos e sossegadinhos sem lutarem ,é hora de abrirem os olhitos e agirem , porque estes tipos não brincam...quando se trata de destruir a vida dos trabalhadores!
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Passos Coelho prepara-se para ligar a ventoinha e enviar a porcaria para a cara do povo!
O défice sem outras medidas poderá ficar nos 5,3 ou mesmo perto dos 6 por cento. Como estes senhores gostam de cumprir défice à custa do povo, e têm uma lógica castigadora, preparemo-nos , todos os normais da terra, para que o PSD , CDS e companhia liguem a ventoinha e distribuam a porcaria para cara ... mas só do povo! aguardemos pela boa nova e fiquemos em casa a lamenatarmo-nos sem reagir como bom tugas dormentes!
Expresso revela que Blo Casa das Aranhas tem lista de Maçons... mas também tem lista de Bilderbergers 2012
Será talvez um descuido do Expresso: revelou que o blog Casa das Aranhas tem lista de maçons publicada e que parece ser verdadeira. De facto a Maçonaria é uma sociedade secreta e parcece ser o local onde se farão grandes negociatas às escondidas do povo... Mas o que dizer do Clube Bilderberg, um clube do dinheiro, onde participam os representantes mundiais do dinheiro e os políticos que nos dirigem e são eleitos pelo povo.... O bilder principal português é Balsemão, dono do Expresso. E defacto lado a lado no blog da Casa das Aranhas, as duas informações estão lado a lado. Um deslize talvez...
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Representante da troika foi assaltado por carteirista: ladrão que rouba ladrão...
Albert Jaeger, representante do Fundo Monetário Internacional, está a residir em Lisboa desde Outubro do ano passado. Segundo o jornal 'i', numa viagem com turistas ao Castelo de São Jorge, o austríaco foi assaltado no eléctrico 28.
Nota de tripalio: nada mais irónico, mas é só um leve sorriso, Passos já veio hoje avisar que novos e fortes assaltos se avizinham para o povo serenissimo. Por isso façamos o nosso sorriso amarelo,pois a troika rouba -nos bem mais. Pergunto me: não existia dinheiro para salários em Maio 2011, a acreditar nos mentirosos do PS, agora pagando juros altos para aceder ao dinheiro já está tudo bem . O truque está no disse ontem Merkel aos chineses: comprem dívida pública que os juros são bons, são altos. Por isso nos vão continuar a esfolar
Nota de tripalio: nada mais irónico, mas é só um leve sorriso, Passos já veio hoje avisar que novos e fortes assaltos se avizinham para o povo serenissimo. Por isso façamos o nosso sorriso amarelo,pois a troika rouba -nos bem mais. Pergunto me: não existia dinheiro para salários em Maio 2011, a acreditar nos mentirosos do PS, agora pagando juros altos para aceder ao dinheiro já está tudo bem . O truque está no disse ontem Merkel aos chineses: comprem dívida pública que os juros são bons, são altos. Por isso nos vão continuar a esfolar
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Há 65 milhões de anos desaparecia uma espécie dominante...
Há 65 milhões de anos desaparecia uma espécie dominante no planeta. As causas, são domínio da ciência. A queda de um meteoro, talvez a mais forte. Isto demonstraria ao homem que devia ser menos fanfarrão na sua presunção de que será uma espécie indestrutível. Aliás o ser humano começa dar sinais de que mesmo sem qualquer desatre natural, pode ser altamente autodestrutivo. Para isso basta basta ver o armamento nuclear chegar para destruir várias vezes o planeta terra e se autodestruir como espécie. Penso muitas vezes nisso quando ouço os líderes religiosos falndo como se o homem fosse o fim de tudo. E nós feitos papalvos acreditamos. é completamente possível a destruição da espécie humana , e aparecimento de uma outra espécie dominante no nosso planeta. Estarei louco? a destruição que o ser humano potencia da natureza, a grande escalada de utilização execssiva de recursos naturais ( com destaque para países com EUA, onde o consumo de recursos naturais é insustentável se fosse imitado por todo mundo). Por isso , considero que estamos na pré história da humanidade, e ou saímos dela rapidamente, ou algo complicado vai nos fazer perceber que o dinheiro não é de facto o máximo pelo qual devemos viver. Saindo desta espécie de pré história, onde ainda não se respeitam a naturza , os outros seres vivos, o equilibrio natural, onde não se respeita a dignidade humana. Evoluimos muito: há 500 anos a escravatura era normal, agora não é tolerada. Há 30 anos ou 20 a pedofilia era aceite ou desprezada pela sociedade, agora é inaceitável. Continuaremos a evoluir caminhando para um ser mais perfeito e dgno. Só uma qualquer fé, nos pode fazer crer que sim...
Universidades de Verão PSD 2012 : todos esperam pelo discurso do universitário Relvas
Não me admira que nas "universidades" de Verão do Ps e PSD, existam muitos oradores, o que gostava de ver era quem assiste a essas preleções. Serão jovens desempregados, desejosos de ter um emprego garantido pelo sistema PS , PSD ? Serão quotas sinceros que acreditam nestes dois partidos, na sua capacidade ( de enganar o povo). Quem são os participantes? Uma coisa garanto: é uma pena que na Universidade de Verão deste ano 2012, não exista um discurso do nosso "universitário" Relvas... Seria imperdível. Que diria Relvas aos laranjas jovens: que não se esforcem , sejam espertalhões, privatizem tudo, assegurem um lugarzinho nessas empresas ou beneficiadas ou privatizadas. Esta seria a sua lição. Tudo omais , os participantes dirão que é preciso mais esforço (os do PSD) , os do PS dirão que austeridade deve ser doseada , num bla, bla sem sentido quando todos vemos que o país vai ao fundo ( o nosso e os restantes, com Espanha em destaque). Serão muitos e lomgos anos de transformação no sentido do país privatizado e amorfo, sem qualquer reacção de um povo doente e triste. E nisso o PSD e PS são mestres, em adormecer o povo, vender a puta da inevitabilidade, destruir o país e não criar qualquer alternativa. Nestas universidades destruidoras do país não se fala de saídas, mas apenas de seguidismo, o mesmo que leva este caminho. Mas começo a não ter pena: é um povo que gosta mesmo do caminho único, do caminho sofredor, como se estivessem a pagar uma promessa. Por isso 85 por cento das pessoas votaram nos partidos troikista ( PSD, PS, CDS) e assim se mantêm no seu apoio, por isso mesmo acham que nada pode ser mudado, a não ser a sua dose de sofrimento, por isso se lamentam no café por aqui ou ali, mas AGIR, tá quieto. Esperam lenta e dolorosamente a sua vez de sofrer mais um pouco. E isso também os "universitários de Verã" mais velhos do PS e PSD já sabem . este povo vai levar mais e mais nas fuças e vai calar. Vai aposta?
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Privatize-se, José Saramago
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148
José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148
RTP, e as notícias do Portugal do Privado
Todo o caminho da RTP 1, todo o seu percurso de seguidismo, com as restantes operadoras a encaminhavam para o a sua privatização concessão, chamem lhe o que quiserem. As suas estrelas a receberem milhares e milhares de euros ( é o mercado, dizem), o facto de ter pouca investigação informativa, ter programas ultra comerciais, etc. Vejo serviço público na RTP 2, onde há de facto diferença, há cuidado com diferentes públicos e vou sentir a sua falta pela diferença que fazia. mas este é o canal que o Governo quer fechar porque não suporta a diferença.- De todo este plano de negócio, a Antena 2 vai desaparecer, o que me faz muita confusão, pois a Antena 2 já era uma rádio não só de música clássica mas de programas e músicas alternativas ( jazz , por exemplo). Fica a sobrar a Amtena 1, que ouço com gosto diariamente. Nem sei como sobrou, tendo em conta a sua qualidade. Da RTP ressalto o bom serviço que teve nos Jogos Olimpicos ( boa cobertura). Volto a dizer: o que custa é o fim da RTP2 e da Antena2. E disso não ouço falar...Parece me que é a proposta toda que deve ser discutida e não apenas o "concessão" que é o habitual deste Governo ( e dos anteriores), a prova que o dinheiro público tem de ir parar nas mão privadas( já é assim na saúde com os gupos Melos e BES, nas escolas privadas financiadas pelo MEC e agora é a tv...) Tudo normal no reino do Portugal Privado, onde no futuro nada será´público. Neste negócio quem vai mandar sãos tubarões Balsemão ou Pais Martins ( o tal gestor de 79 empresas) ou então o dinheiro Angolano . São eles que mandam se o processo seguir em frente, tudo indica que sim pois cheira a lçucro fácil, cheira a dinheiro para mãos privadas...
domingo, 26 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Banca vai deuzir apoio que recebeu do Estado, levando a isenção de impostos
«A remuneração que BCP, BPI e CGD vão pagar ao Estado pelo apoio
público concedido através de instrumentos de capital contingente ("CoCos") vai
ser dedutível na factura fiscal que estas instituições terão de suportar ao
longo dos próximos anos. No total, os três bancos poderão abater mais de 400
milhões de euros aos seus encargos com impostos, o equivalente a um quarto dos
custos totais que terão com a ajuda estatal nos próximos cinco anos e que podem
ascender a mais de 1.650 milhões. »
Nota de tripalio: aos que roubaram e levaram isto ao fundo, isenta-se trributação, aos "mortais corta-se salários subsídios e pensões....A crise é para todos menos os assessores do Governo, banqueiros e outros chulecos parasitários do sistema
Nota de tripalio: aos que roubaram e levaram isto ao fundo, isenta-se trributação, aos "mortais corta-se salários subsídios e pensões....A crise é para todos menos os assessores do Governo, banqueiros e outros chulecos parasitários do sistema
Assessores do Governo recrutados no privado recebem subsídio de férias...eis os moralistas da treta!
Este é um Governo que gosta de um discurso castigador e moralizador mas só para os outros. A habilidade destes assessores receberem subsídio de férias levou tempo a ser denunciada nos jornais, já andava há muito em blogs, denunciado o "vencimento sulplementar em Junho e Novembro" como aparece em algumas nomeações em DR. São pois uns moralistas da treta, estes assessores e este Governo. Pois se por um lado aceitam "trabalhar" na Adiminsitstração Pública ( com vencimentos porreiro, 2000 a 3000 euros) por outro não se sujeitam aos sacrifícios impostos a esse mesmo sector. é assim porque se julgam superiores, é assim porque estão na administração ública de passagem e apenas para chular um pouco o sistema e depois o cartão partidário coloca-os noutro local qualquer....
domingo, 19 de agosto de 2012
Goldman Sachs escapa à Justiça
Administração Obama ignora provas
Goldman Sachs escapa à justiça
O Departamento de Justiça norte-americano decidiu não avançar com um processo judicial contra a Goldman Sachs, contrariando as provas recolhidas por uma comissão do Senado dos EUA, que acusa o banco de ter cometido fraude.
A instituição e os respectivos executivos ficam, desta forma, a salvo de comparecerem em tribunal a fim de aclararem as alegadas práticas indevidas levadas a cabo antes e durante a crise financeira de 2008/2009.
Em causa está a comercialização por parte da Goldman Sachs de um conjunto de produtos financeiros de alto risco, orçados em cerca de mil milhões de euros, contra os quais a empresa apostava em segredo.
Os bancos e outros investidores que adquiriram os referidos produtos não teriam conhecimento cabal da situação, facto que levou a Goldman Sachs a admitir, em 2010, que havia fornecido informação incompleta aos seus clientes, acedendo, inclusivamente, a pagar uma multa de 447 milhões de euros aplicada pela Comissão do Mercado de Valores (SEC, na sigla inglesa).
Para o Departamento de Justiça dos EUA, «não existe uma base viável para iniciar um processo penal contra a Goldman Sachs ou os seus funcionários», consideração que contraria as recomendações de um comité do Senado norte-americano encarregada de elaborar um relatório sobre a matéria. No mesmo dia, a SEC também ilibou o banco de qualquer ilegalidade.
O comité, liderado pelo democrata Carl Levin, elaborou um extenso documento que dedica cerca de 40 por cento do espaço à Goldman Sachs e à alegada fraude realizada pela empresa, bem como detalha as leis federais pretensamente violadas.
Na apresentação do documento, Levin argumentou que durante a investigação os membros do comité encontraram «um poço de serpentes financeiras, replecto de ganância, conflito de interesses e injustiças», e acusou abertamente a Sachs de «enganar os clientes e o Congresso», o que, sustentou, resulta do apuramento tendo por base milhões de páginas contendo memorandos, documentos, folhetos ou correspondência electrónica.
Recentemente, Neil Barofsky, o ex-inspector-geral do programa público de assistência ao sector financeiro norte-americano (que atingiu quase 500 mil milhões de euros, e do qual a Goldman Sachs beneficiou amplamente), qualificou de escândalo o facto de nenhum banco ou banqueiro ter sido acusado e levado a tribunal desde a falência do Lehman Brothers
in Avante, de 16 de agosto de 2012
A UE e o lançamento das bases da sociedade do futuro...
Muitos chamavam aves agoirentas a todos os que diziam qual era o objectivo da União Europeia: a criação de um sistema de domínio dos países mais fortes sobre os países e povos mais fracos. Está aí à vista, o domínio alemão que tem como objectivo a criação de uma sociedade nova; uma sociedade onde não há direitos, nem esperança, nem expectativas, uma sociedade baseada na ameaça e n o medo, na chantagem. Esta é a nova sociedade está em criação. Perguntam, me se é democrática? Tem votos naturalmente, mas sempre conduzidos pelos comentadores do regime que metem medo ao povo se não puserem a cruzinha nos partidos do sistema ( neste caso português CDS, PSD, PS). Neste novo tipo de sociedade sonhar não é permitido, ter uma organização de vida paralela torna-se complivado, tudo é regulamentado , fixado com leis e portarias. A injustiça deverá ser a regra: por isso os cortes orçamentais em diversas áreas nada têm a ver com a justiça, mas sim com um novo tipo de sociedade em que saúde deixará de ser pública, bem como a educação, e a segurança social deixarão de existir enquanto conquista civilizacional. Tudo será pago: desde ir a uma casa de banho pública, até a entrar num jardim, ou numa paria. O passo de privatização do espaço público será dado depois da privatização total da da saúde, educação e segurança social. De seguida serão privatizadas as praias ( as melhores só para os estrangeiros, vejamos a venda de ilhas gregas....), os jardins públicos, os melhores. Toda a circulação será regulamentada e paga ( entrar nas cidaedes terá uma traxa ecológica, desculpa sempre bela de estamos a salvar o ambiente). A nível do emprego é necessário continuar a aumentar o desemprego para fazer baixar os salários e mostrar a quem tem emprego que é um priviligeado e que deve estar sossegado. Este em traços gerais é plano: cabe a a quem discordar deste modelo , combatê-lo e propor modelos alternativos de vida e sociedade, destruindo as bases desta União Europeia, do Clube do dinheiro, e construir um Portugal e uma Europa dos Povos, a favor dos povos, sem ter como base o lucro, mas sim a dgnidade de cada um.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Alerta Azul: Rui Pedro Soares compra 20 por cento do Belenenses...
Rui Pedro Soares negoceia 20% do Belenenses
Rui Pedro Soares está perto de fechar a compra de 20% do Belenenses. Segundo apurou o CM, o negócio será feito através de uma empresa onde o ex-administrador da PT é accionista. Em Setembro de 2011, o CM revelou que Rui Pedro estava a analisar a compra de um clube de futebol, com três alvos na lista: Belenenses, Portimonense e Boavista. Depois de reuniões com todos, a opção recaiu no emblema da Cruz de Cristo. O negócio deverá ser concretizado por cerca de 500 mil euros.
António Soares, presidente do Belenenses, confirmou ao CM que está a negociar com um grupo português a venda de uma percentagem da SAD.
Rui Pedro Soares está a investir forte no futebol e, inclusive, já criou um fundo de jogadores, o Codecity Players Investment. Segundo apurou o CM, o fundo nasceu com um investimento de um milhão de euros, o que serviu para comprar parte do passe de quase uma dezena de jovens jogadores nacionais. O primeiro negócio já foi mesmo fechado, com a transferência de Yohan Tavares do Beira-Mar para o Standard de Liège.
Nota: pelo facto do Beleneneses ser uma das minhas simpatias, vejo esta notícia com apreensão....
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Festa do Pontal no Portugal que afunda!
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Notícias da Silly Season: Zita Seabra acusa PCP de espionagem, através da FNAC...
O Verão andava morno, nem por aqui no tripalio há vontade de escrever algo, mas eis que Zita se levanta da tumba política onde está e decidiu informar o povo: o PCP espiou altos cargos através , da empresa de espionagem FNAC. Dito por esta senhora mentirosa assumida , custa a acreditar, mas vamos dar-lhe o benefício da dúvida e aguardar as provas. Uma coisa eu sei: está aqui um bom argumento para uma história de espionagem :talvez um escritor dos nossos, como José Rodrigues dos Santos, ou até para um musical do La Féria. Esta história pode dar ainda origem a um filme... Obrigado zita, isto anda va fraquito, aguardo por mais histórias ficcionais para inspirar autores tugas falhos de inspiração! E já agora : porqê tanto tempo sem contares essa história? Os teus fieis leitores/seguidores não te perdoam!
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Festa do Pontal, PSD: razões para o PSD mostrar medo...
A realização da "festa" do Pontal dentro de portas fechadas, em hotel, revela alguma inteligência por parte do PSD, ou talvez mesmo muita burrice. De facto, mesmo os apoiantes do PSD talvez não estejam muito para festas, em especial os autarcas das freguesias que vão ser extintas. Depois revela o "horror" ao protesto que o PSD e a direita em geral têm. E revela que de facto , estão mesmo BORRADOS DE MEDO. e têm razão. Vão fazer a festa no Algarve , região com a maior percentagem de desemprego, uma zona onde a miséria cresce e as pessoas fogem do país a um ritmo que mete medo. Mas com tudo isto: não seria mais inteligente não fazerem festa nenhuma ?( alegando a treta da austeridade, que é um saco onde cabe tudo). Mas o povo não mete assim tanto medo. Parece-me que o PSD terá mais medo dos seus militantes, do que do povo e dos possíveis estragos que fariam na festa.... se esta fosse mais aberta! Deixo foto de um tempo em que Passos Coelho se fingia amiguninho do povo, dos pobres e dos portugueses.
domingo, 5 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
As medalhas olímpicas e o ressabiamento governamental
Na sequência dos maus resultados do judo no jogos Olímpicos , logo veio o Instituto do Desporto e Juventude anunciar, todo lampeiro, que os atletas em causa , alguns deles perderão o estatuto olímpico e as bolsas. Os aletas já sabiam que assim era. Lamenta-se a prontidão do Instituto do Desporto, ou seja do Governo, num claro acesso de ressabiamento governamental, e lógica de castigo em vir anunciar o que os atletas já sabiam. O que estes senhores queriam eram uma medalhinha ou outra para poderem cagar as postas de pescada habitual de que em Portgual é possível vencer as dificuldades, bla,bla....O habitual. Também gostavamos de ver uma medalha ( quem não gosta), mas este é o mesmo governo que vai desvalorizar a educação Física , deixando esta discipina de contar para avaliação dos alunos. Este é Governo que se prepara para matar a Educação Física nas Escolas, ou seja na base , destruindo o desporto escolar. Portanto não nos queixemos, de um país que não quer saber dos atletas olímpicos durante quatro anos, e lhes vota um olímpico desprezo durante esse tempo. Se vier uma medalhja, será talvez sinal que seremos medalhados acima das nossas possibilidades!
As fundações e o poder-
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
A irracionalidade da razão: a doença da mente ( do blog de Leonardo Boff)
A irracionalidade da razão: a doença da mente
30/07/2012
Não estamos longe da verdade se entendermos a tragédia atual da humanidade como o fracasso de um tipo de razão predominante nos últimos quinhentos anos. Com o arsenal de recursos de que dispõe, não consegue dar conta das contradições, criadas por la mesma. Já analisamos nestas páginas como se operou a partir de então, a ruptura entre a razão objetiva (a lógica das coisas) e a razão subjetiva(os interesses do eu). Esta se sobrepôs àquela a ponto de se instaurar como a exclusiva força de organização histórico-social.
Esta razão subjetiva se entendeu como vontade de poder e poder como dominação sobre pessoas e coisas. A centralidade agora é ocupada pelo poder do “eu”, exclusivo portador de razão e de projeto. Ele gestará o que lhe é conatural: o individualismo como reafirmação suprema do “eu”. Este ganhará corpo no capitalismo cujo motor é a acumulação privada e individual sem qualquer outra consideração social ou ecológica. Foi uma decisão cultural altamente arriscada a de confiar exclusivamente à razão subjetiva a estruturação de toda a realidade. Isso implicou numa verdadeira ditadura da razão que recalcou ou destruíu outras formas de exercício da razão como a razão sensível, simbólica e ética, fundamentais para a vida social.
O ideal que o “eu” irá perseguir irrefreavelmente será um progresso ilimitado no pressuposto inquestionável de que os recursos da Terra são também ilimitados. O infinito do progresso e o infinito dos recursos constituirão o a priori ontológico e o parti pri fundador desta refundação do mundo.
Mas eis que depois de quinhentos anos, nos damos conta de que ambos os infinitos são ilusórios. A Terra é pequena e finita. O progresso tocou nos limites da Terra. Não há como ultrapassá-los. Agora começou o tempo do mundo finito. Não respeitar esta finitude, implica tolher a capacidade de reprodução da vida na Terra e com isso pôr em risco a sobrevivência da espécie. Cumpriu-se o tempo histórico do capitalismo. Levá-lo avante custará tanto que acabará por destruir a sociabilidade e o futuro. A persistir nesse intento, se evidenciará o caráter destrutivo da irracionalidade da razão.
O mais grave é que o capitalismo/individualismo introduziu duas lógicas que se conflitam: a dos interesses privados dos “eus” e das empresas e a dos interesses coletivos do “nós” e da sociedade. O capitalismo é, por natureza, antidemocrático. Não é nada cooperativo e é só competitivo.
Teremos alguma saída? Com apenas reformas e regulações, mantendo o sistema, como querem os neokeynesianos à la Stiglitz, Krugman e outros entre nós, não. Temos que mudar se quisermos nos salvar.
Para tal, antes de mais nada, importa construir um novo acordo entre a razão objetiva a a subjetiva. Isso implica ampliar a razão e assim libertá-la do jugo de ser instrumento do poder-dominação. Ela pode ser razão emancipatória. Para o novo acordo, urge resgatar a razão sensível e cordial para se compor com a razão instrumental. Aquela se ancora do cérebro límbico, surgido há mais de duzentos milhões de anos, quando, com os mamíferos, irrompeu o afeto, a paixão, o cuidado, o amor e o mundo dos valores. Ela nos permite fazer uma leitura emocional e valorativa dos dados científicos da razão instrumental. Esta emergiu no cérebro neocortex há apenas 5-7 milhões de anos. A razão sensível nos desperta o reencantamento e o cuidado pela vida e pela mãe-Terra.
Em seguida, se impõe uma nova centralidade: não mais o interesse privado mas o interesse comum, o respeito aos bens comuns da Humanidade e da Terra destinados a todos. Depois a economia precisa voltar a ser aquilo que é de sua natureza: garantir as condições da vida física, cultural e espiritual de todas as pessoas. Em continuidade, a política deverá se construir sobre uma democracia sem fim, cotidiana e inclusiva de todos seres humanos para que sejam sujeitos da história e não meros assistentes ou beneficiários. Por fim, um novo mundo não terá rosto humano se não se reger por valores ético-espirituais compartidos, na base da contribuição das muitas culturas, junto com a tradição judaico-cristã.
Todos esses passos possuem muito de utópico. Mas sem a utopia afundaríamos no pântano dos interesses privados e corporativos. Felizmente, por todas as partes repontam ensaios, antecipadores do novo, como a economia solidária, a sustentabilidade e o cuidado vividos como paradigmas de perpetuação e reprodução de tudo o que existe e vive. Não renunciamos ao ancestral anseio da comensalidade: todos comendo e bebendo juntos como irmãos e irmãs na Grande Casa Comum.
Leonardo Boff, um dos criadores da teologia da libertação ( retirado do seu blog)
Esta razão subjetiva se entendeu como vontade de poder e poder como dominação sobre pessoas e coisas. A centralidade agora é ocupada pelo poder do “eu”, exclusivo portador de razão e de projeto. Ele gestará o que lhe é conatural: o individualismo como reafirmação suprema do “eu”. Este ganhará corpo no capitalismo cujo motor é a acumulação privada e individual sem qualquer outra consideração social ou ecológica. Foi uma decisão cultural altamente arriscada a de confiar exclusivamente à razão subjetiva a estruturação de toda a realidade. Isso implicou numa verdadeira ditadura da razão que recalcou ou destruíu outras formas de exercício da razão como a razão sensível, simbólica e ética, fundamentais para a vida social.
O ideal que o “eu” irá perseguir irrefreavelmente será um progresso ilimitado no pressuposto inquestionável de que os recursos da Terra são também ilimitados. O infinito do progresso e o infinito dos recursos constituirão o a priori ontológico e o parti pri fundador desta refundação do mundo.
Mas eis que depois de quinhentos anos, nos damos conta de que ambos os infinitos são ilusórios. A Terra é pequena e finita. O progresso tocou nos limites da Terra. Não há como ultrapassá-los. Agora começou o tempo do mundo finito. Não respeitar esta finitude, implica tolher a capacidade de reprodução da vida na Terra e com isso pôr em risco a sobrevivência da espécie. Cumpriu-se o tempo histórico do capitalismo. Levá-lo avante custará tanto que acabará por destruir a sociabilidade e o futuro. A persistir nesse intento, se evidenciará o caráter destrutivo da irracionalidade da razão.
O mais grave é que o capitalismo/individualismo introduziu duas lógicas que se conflitam: a dos interesses privados dos “eus” e das empresas e a dos interesses coletivos do “nós” e da sociedade. O capitalismo é, por natureza, antidemocrático. Não é nada cooperativo e é só competitivo.
Teremos alguma saída? Com apenas reformas e regulações, mantendo o sistema, como querem os neokeynesianos à la Stiglitz, Krugman e outros entre nós, não. Temos que mudar se quisermos nos salvar.
Para tal, antes de mais nada, importa construir um novo acordo entre a razão objetiva a a subjetiva. Isso implica ampliar a razão e assim libertá-la do jugo de ser instrumento do poder-dominação. Ela pode ser razão emancipatória. Para o novo acordo, urge resgatar a razão sensível e cordial para se compor com a razão instrumental. Aquela se ancora do cérebro límbico, surgido há mais de duzentos milhões de anos, quando, com os mamíferos, irrompeu o afeto, a paixão, o cuidado, o amor e o mundo dos valores. Ela nos permite fazer uma leitura emocional e valorativa dos dados científicos da razão instrumental. Esta emergiu no cérebro neocortex há apenas 5-7 milhões de anos. A razão sensível nos desperta o reencantamento e o cuidado pela vida e pela mãe-Terra.
Em seguida, se impõe uma nova centralidade: não mais o interesse privado mas o interesse comum, o respeito aos bens comuns da Humanidade e da Terra destinados a todos. Depois a economia precisa voltar a ser aquilo que é de sua natureza: garantir as condições da vida física, cultural e espiritual de todas as pessoas. Em continuidade, a política deverá se construir sobre uma democracia sem fim, cotidiana e inclusiva de todos seres humanos para que sejam sujeitos da história e não meros assistentes ou beneficiários. Por fim, um novo mundo não terá rosto humano se não se reger por valores ético-espirituais compartidos, na base da contribuição das muitas culturas, junto com a tradição judaico-cristã.
Todos esses passos possuem muito de utópico. Mas sem a utopia afundaríamos no pântano dos interesses privados e corporativos. Felizmente, por todas as partes repontam ensaios, antecipadores do novo, como a economia solidária, a sustentabilidade e o cuidado vividos como paradigmas de perpetuação e reprodução de tudo o que existe e vive. Não renunciamos ao ancestral anseio da comensalidade: todos comendo e bebendo juntos como irmãos e irmãs na Grande Casa Comum.
Leonardo Boff, um dos criadores da teologia da libertação ( retirado do seu blog)
Goldman Sachs manda no mundo!
Coloca ex-funcionários nos lugares de topo que decidem o rumo da economia global, o que leva muitos a dizerem que domina o mundo.
"Sou um banqueiro a fazer o trabalho de Deus". É a forma como o presidente do maior banco de investimento do mundo vê a sua missão no comando do Goldman Sachs. Mas na opinião de um número cada vez maior de pessoas, o "trabalho de Deus" do Goldman Sachs é a encarnação do lado negro da força em Wall Street. E há até quem defenda que é este banco que manda no mundo e não os governos.
"Eu concordo com a tese de que os bancos, e especialmente o Goldman Sachs, se tornaram demasiado poderosos na medida em que influenciam a nossa política, a nossa economia e a nossa cultura", referiu o autor de "Money & Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World", William D. Cohan, ao Outlook. E o poder do Goldman Sachs nos centros de decisão política até lhe valeu a alcunha, dada por banqueiros concorrentes , de Government Sachs. O banco liderado por Lloyd Blankfein conta com um exército de antigos funcionários em alguns dos cargos políticos e económicos mais sensíveis no mundo. E o inverso também acontece, o recrutamento de colaboradores que já desempenharam cargos de decisão.
"Não há dúvida que Wall Street tem uma força cada vez mais poderosa no governo americano. Não são apenas os milhões que vão para os bolsos de políticos atrás de políticos para ajudá-los a ganhar as eleições, mas os banqueiros de Wall Street são frequentemente escolhidos para posições de poder na Casa Branca, no Tesouro, na SEC [regulador dos mercados financeiros] e noutros reguladores", observa William D. Cohan, que passou 16 anos a trabalhar na banca de investimento antes de se dedicar ao jornalismo de investigação.
O banco reconhece no seu site que os antigos colaboradores contribuíram para a rica história e tradição da empresa e "orgulhamo-nos de muitos continuarem activamente ligados. Isto não ajuda apenas a validar a nossa cultura mas também a fornecer um valor real e tangível que transcende uma geração". E não é só nos EUA que ex-Goldmans dão o salto para altos cargos políticos e económicos. Um dos exemplos é o futuro presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que desempenhou o cargo de director-geral do Goldman International entre 2002 e 2005, levando-o mesmo a ser questionado no Parlamento Europeu sobre as ligações do banco de investimento à Grécia.
Duas crises de proporções épicas, duas epopeias de escândalos
O mundo enfrentou duas das maiores crises das últimas décadas em quatro anos. E, tanto na crise financeira de 2008 como na tragédia grega, o Goldman Sachs foi alvo de acusações de actuações menos correctas.
Começando por Atenas, o Goldman Sachs ajudou, a partir de 2002, a Grécia a encobrir os reais números do défice, através de ‘swaps' cambiais com taxas de câmbio fictícias, o que na prática permitiu a Atenas aumentar a sua dívida sem reportar esses valores a Bruxelas. Segundo o "Der Spiegel", o banco cobrou uma elevada comissão para fazer esta engenharia financeira e, em 2005, vendeu os ‘swaps' a um banco grego, protegendo-se assim de um eventual incumprimento por parte de Atenas. No início de 2010, os analistas do Goldman recomendaram aos seus clientes a apostar em ‘credit-default swaps' sobre dívida de bancos gregos, portugueses e espanhóis. Os CDS são instrumentos que permitem ganhar dinheiro com o agravamento das condições financeiras de determinado país. "É um escândalo se os mesmos bancos que nos trouxeram para a beira do abismo ajudaram a falsear as estatísticas", referiu a chanceler alemã Angela Merkel.
As autoridades europeias e a SEC abriram investigações ao logro das contas gregas, mas isso não impediu que Petros Christodoulou, um antigo empregado na divisão de derivados do Goldman, assumisse em Fevereiro de 2010 o cargo de director da entidade que gere a dívida pública grega. Além disso, o Goldman tem ajudado o Fundo Europeu de Estabilização Financeira a colocar dívida para financiar Portugal, Irlanda ao abrigo do programa de assistência financeira. O FEEF justifica a escolha com o alcance global do banco. Além do Goldman, também o BNP Paribas e o Royal Bank of Scotland costumam ser escolhidos para liderar estas operações.
O escândalo grego levou alguns deputados europeus a questionarem o futuro presidente do BCE sobre a sua independência para assumir o cargo. Queriam saber se teve conhecimento das operações feitas com a Grécia e se o cargo no Goldman não poderia afectar a percepção sobre a sua integridade para substituir Trichet. Draghi negou as ligações aos negócios com Atenas e defendeu o seu registo em alertar para os riscos que o sector financeiro estava a tomar.
Manifestações à porta do Goldman apesar de ameaça de prejuízos
Mas é nos EUA que há mais sinais de raiva contra o Goldman Sachs. Esta semana, o movimento dos "Ocupas" de Wall Street manifestou-se à frente do banco. A fúria contra o banco deve-se à actuação do Goldman durante a crise financeira. O banco chegou mesmo a ser condenado por fraude pela SEC por estar a apostar contra instrumentos ligados ao mercado imobiliário, ao mesmo tempo que vendia esses mesmos instrumentos aos seus clientes. Além disso, recorreu a fundos públicos e foi acusado de ser beneficiado com o resgate da AIG, coordenado pelo Tesouro dos EUA, liderado na altura por um antigo presidente do Goldman. "Os banqueiros e ‘traders' de Wall Street foram recompensados por tomarem riscos elevados com o dinheiro de outras pessoas. Como consequência, os bancos foram salvos e os banqueiros receberam os seus bónus de milhões de dólares. É difícil de acreditar que foram recompensados pelo seu falhanço, mas foi o que aconteceu", defende William D. Cohan.
Uma das respostas aos que acusam o Goldman de dominar o mundo financeiro é que, afinal, o banco também sofre com a crise. Os analistas de mercado esperam que o banco tenha registado o segundo prejuízo trimestral da sua história entre Julho e Setembro. Isto depois de ter lucrado mais de mil milhões de dólares no segundo trimestre. Em 2010 e 2009, conseguiu receitas de 39,2 mil milhões de dólares e de 45,2 mil milhões de dólares, respectivamente. Mais de 35% destes valores foram utilizados para pagar bónus aos seus empregados. O salário e bónus do presidente do banco, Lloyd Blankfein, situou-se em 13,2 milhões de dólares no ano passado.
O homem que denunciou o Goldman em directo
Alessio Rastani, um ‘trader' em ‘part-time', defendeu em directo na BBC que não eram os governos que mandavam no mundo, mas sim o Goldman Sachs. Rui Barroso.
Alessio Rastani transformou-se num fenómeno. O ‘trader' em ‘part-time' surpreendeu tudo e todos numa entrevista à BBC. Além de vários cenários catastrofistas sobre a crise, Rastani defendeu que "este não é o momento para pensar que os governos irão resolver as coisas. Os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo". Bastaram pouco mais de três minutos para tornar Rastani num fenómeno na Internet. O vídeo tornou-se viral e levantou a controvérsia sobre o poder que o banco liderado por Lloyd Blankfein tem na economia e na política. Isto apesar de haver quem defendesse que Rastani estaria apenas a pregar uma partida à BBC e que pertencesse a um grupo satírico chamado Yes Men. O próprio ‘trader' refutou esta tese, apesar de reconhecer que gosta mais de falar do que de fazer negociação em bolsa, algo que vê apenas como um ‘hobbie'.
Esta semana, numa entrevista ao "Huffington Post", Rastani teceu uma série de ideias sobre o papel do Goldman no mundo. E diz que as teorias da conspiração que aparecem sobre o banco não são uma coincidência.
"Os governos dependem dos bancos, os bancos dependem dos governos. A relação é tão cinzenta e quem controla quem? Quem é o marionetista e quem é a marioneta? As pessoas podem ter as suas ideias sobre isto. Eu apenas expressei a minha perspectiva", disse.
Rastani não é o primeiro a atacar o papel do Goldman no mundo. Em Abril de 2010, um jornalista da "Rolling Stone" escreveu um artigo que se tornou famoso, tanto para os contestatários ao banco como para os que defendem o Goldman e utilizam a caracterização feita pelo repórter para ironizar com os detractores do banco. Matt Taibbi descreveu o Goldman como um "grande vampiro" que se alimenta da humanidade, com um apetite sanguinário implacável por tudo o que envolva dinheiro.
Do Goldman para o poder
O Goldman Sachs é uma escola que permite a muitos economistas e gestores atingir cargos de poder um pouco por todo o mundo.
Hank Paulson, antigo secretário de Estado do Tesouro dos EUA
Saiu da liderança do Goldman Sachs para ser secretário de Estado do Tesouro durante a administração Bush. Paulson delineou o programa de ajuda à banca durante a crise financeira de 2008, que também resgatou o Goldman.
Mario Draghi, futuro presidente do BCE
O futuro presidente do BCE, Mario Draghi, foi director-geral da Goldman Sachs International entre 2002 e 2005. A ligação levou-o a enfrentar perguntas dos eurodeputados sobre se esteve envolvido na ocultação do défice grego.
Mark Carney, governador do Banco Central do Canadá
O actual governador do banco central do Canadá passou 30 anos no Goldman.Foi responsável pelas áreas relacionadas com risco soberana e foi o homem com a tarefa de delinear a estratégia do banco durante a crise russa de 1998.
Romano Prodi, antigo presidente da comissão europeia
O antigo presidente da Comissão e ex-primeiro-ministro italiano esteve no Goldman nos anos 90. A ligação valeu-lhe críticas da Oposição quando rebentou um escândalo a envolver o Goldman e uma empresa italiana.
Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial
O actual presidente do Banco Mundial foi director-geral do Goldman.Antes de se juntar ao banco tinha trabalhado no Departamento do Tesouro norte-americano. Lidera o Banco Mundial desde Julho de 2007.
Robert Rubin, antigo Secretário de Estado do Tesouro dos EUA
Robert Rubin teve cargos de topo na administração do Goldman. Após 26 anos no banco foi escolhido por Bill Clinton como secretário de Estado do Tesouro. Após passar pelo Governo, trabalhou no Citigroup.
Ducan Niederauer, presidente da NYSE Euronext
O presidente da NYSE Euronext, Duncan Niederauer, que detém as bolsas de Nova Iorque e de Paris, Bruxelas, Amesterdão e Lisboa, foi responsável do Goldman pela área da execução de ordens dadas sobre títulos financeiros.
Mark Patterson, Chefe de Staff do Tesouro dos EUA
Mark Patterson é o chefe de gabinete do actual secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner. Antes de se juntar ao governo estava registado como lóbista, intercedendo para defender os interesses do Goldman.
António Borges, director do Departamento Europeu do FMI
O economista foi vice-presidente e director-geral do Goldman entre 2000 e 2008. Após sair do banco foi da associação que delineia a regulação dos ‘hedge funds'. Em Outubro de 2010, foi nomeado director do FMI para a Europa.
Carlos Moedas, Secretário de Estado adjunto do Primeiro Ministro
Após acabar o MBA em Harvard, no ano 2000, o actual responsável pelo acompanhamento do programa da ‘troika' foi trabalhar para a divisão europeia de fusões e aquisições do Goldman Sachs. Saiu do banco em 2004.
António Horta Osório, presidente do Lloyds Bank
O primeiro emprego de Horta Osório após terminar o MBA no Insead foi no Goldman, centrando-se na área de ‘corporate finance'. Actualmente é presidente do banco britânico Lloyds depois de ter estado no Santander.
"Sou um banqueiro a fazer o trabalho de Deus". É a forma como o presidente do maior banco de investimento do mundo vê a sua missão no comando do Goldman Sachs. Mas na opinião de um número cada vez maior de pessoas, o "trabalho de Deus" do Goldman Sachs é a encarnação do lado negro da força em Wall Street. E há até quem defenda que é este banco que manda no mundo e não os governos.
"Eu concordo com a tese de que os bancos, e especialmente o Goldman Sachs, se tornaram demasiado poderosos na medida em que influenciam a nossa política, a nossa economia e a nossa cultura", referiu o autor de "Money & Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World", William D. Cohan, ao Outlook. E o poder do Goldman Sachs nos centros de decisão política até lhe valeu a alcunha, dada por banqueiros concorrentes , de Government Sachs. O banco liderado por Lloyd Blankfein conta com um exército de antigos funcionários em alguns dos cargos políticos e económicos mais sensíveis no mundo. E o inverso também acontece, o recrutamento de colaboradores que já desempenharam cargos de decisão.
"Não há dúvida que Wall Street tem uma força cada vez mais poderosa no governo americano. Não são apenas os milhões que vão para os bolsos de políticos atrás de políticos para ajudá-los a ganhar as eleições, mas os banqueiros de Wall Street são frequentemente escolhidos para posições de poder na Casa Branca, no Tesouro, na SEC [regulador dos mercados financeiros] e noutros reguladores", observa William D. Cohan, que passou 16 anos a trabalhar na banca de investimento antes de se dedicar ao jornalismo de investigação.
O banco reconhece no seu site que os antigos colaboradores contribuíram para a rica história e tradição da empresa e "orgulhamo-nos de muitos continuarem activamente ligados. Isto não ajuda apenas a validar a nossa cultura mas também a fornecer um valor real e tangível que transcende uma geração". E não é só nos EUA que ex-Goldmans dão o salto para altos cargos políticos e económicos. Um dos exemplos é o futuro presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que desempenhou o cargo de director-geral do Goldman International entre 2002 e 2005, levando-o mesmo a ser questionado no Parlamento Europeu sobre as ligações do banco de investimento à Grécia.
Duas crises de proporções épicas, duas epopeias de escândalos
O mundo enfrentou duas das maiores crises das últimas décadas em quatro anos. E, tanto na crise financeira de 2008 como na tragédia grega, o Goldman Sachs foi alvo de acusações de actuações menos correctas.
Começando por Atenas, o Goldman Sachs ajudou, a partir de 2002, a Grécia a encobrir os reais números do défice, através de ‘swaps' cambiais com taxas de câmbio fictícias, o que na prática permitiu a Atenas aumentar a sua dívida sem reportar esses valores a Bruxelas. Segundo o "Der Spiegel", o banco cobrou uma elevada comissão para fazer esta engenharia financeira e, em 2005, vendeu os ‘swaps' a um banco grego, protegendo-se assim de um eventual incumprimento por parte de Atenas. No início de 2010, os analistas do Goldman recomendaram aos seus clientes a apostar em ‘credit-default swaps' sobre dívida de bancos gregos, portugueses e espanhóis. Os CDS são instrumentos que permitem ganhar dinheiro com o agravamento das condições financeiras de determinado país. "É um escândalo se os mesmos bancos que nos trouxeram para a beira do abismo ajudaram a falsear as estatísticas", referiu a chanceler alemã Angela Merkel.
As autoridades europeias e a SEC abriram investigações ao logro das contas gregas, mas isso não impediu que Petros Christodoulou, um antigo empregado na divisão de derivados do Goldman, assumisse em Fevereiro de 2010 o cargo de director da entidade que gere a dívida pública grega. Além disso, o Goldman tem ajudado o Fundo Europeu de Estabilização Financeira a colocar dívida para financiar Portugal, Irlanda ao abrigo do programa de assistência financeira. O FEEF justifica a escolha com o alcance global do banco. Além do Goldman, também o BNP Paribas e o Royal Bank of Scotland costumam ser escolhidos para liderar estas operações.
O escândalo grego levou alguns deputados europeus a questionarem o futuro presidente do BCE sobre a sua independência para assumir o cargo. Queriam saber se teve conhecimento das operações feitas com a Grécia e se o cargo no Goldman não poderia afectar a percepção sobre a sua integridade para substituir Trichet. Draghi negou as ligações aos negócios com Atenas e defendeu o seu registo em alertar para os riscos que o sector financeiro estava a tomar.
Manifestações à porta do Goldman apesar de ameaça de prejuízos
Mas é nos EUA que há mais sinais de raiva contra o Goldman Sachs. Esta semana, o movimento dos "Ocupas" de Wall Street manifestou-se à frente do banco. A fúria contra o banco deve-se à actuação do Goldman durante a crise financeira. O banco chegou mesmo a ser condenado por fraude pela SEC por estar a apostar contra instrumentos ligados ao mercado imobiliário, ao mesmo tempo que vendia esses mesmos instrumentos aos seus clientes. Além disso, recorreu a fundos públicos e foi acusado de ser beneficiado com o resgate da AIG, coordenado pelo Tesouro dos EUA, liderado na altura por um antigo presidente do Goldman. "Os banqueiros e ‘traders' de Wall Street foram recompensados por tomarem riscos elevados com o dinheiro de outras pessoas. Como consequência, os bancos foram salvos e os banqueiros receberam os seus bónus de milhões de dólares. É difícil de acreditar que foram recompensados pelo seu falhanço, mas foi o que aconteceu", defende William D. Cohan.
Uma das respostas aos que acusam o Goldman de dominar o mundo financeiro é que, afinal, o banco também sofre com a crise. Os analistas de mercado esperam que o banco tenha registado o segundo prejuízo trimestral da sua história entre Julho e Setembro. Isto depois de ter lucrado mais de mil milhões de dólares no segundo trimestre. Em 2010 e 2009, conseguiu receitas de 39,2 mil milhões de dólares e de 45,2 mil milhões de dólares, respectivamente. Mais de 35% destes valores foram utilizados para pagar bónus aos seus empregados. O salário e bónus do presidente do banco, Lloyd Blankfein, situou-se em 13,2 milhões de dólares no ano passado.
O homem que denunciou o Goldman em directo
Alessio Rastani, um ‘trader' em ‘part-time', defendeu em directo na BBC que não eram os governos que mandavam no mundo, mas sim o Goldman Sachs. Rui Barroso.
Alessio Rastani transformou-se num fenómeno. O ‘trader' em ‘part-time' surpreendeu tudo e todos numa entrevista à BBC. Além de vários cenários catastrofistas sobre a crise, Rastani defendeu que "este não é o momento para pensar que os governos irão resolver as coisas. Os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo". Bastaram pouco mais de três minutos para tornar Rastani num fenómeno na Internet. O vídeo tornou-se viral e levantou a controvérsia sobre o poder que o banco liderado por Lloyd Blankfein tem na economia e na política. Isto apesar de haver quem defendesse que Rastani estaria apenas a pregar uma partida à BBC e que pertencesse a um grupo satírico chamado Yes Men. O próprio ‘trader' refutou esta tese, apesar de reconhecer que gosta mais de falar do que de fazer negociação em bolsa, algo que vê apenas como um ‘hobbie'.
Esta semana, numa entrevista ao "Huffington Post", Rastani teceu uma série de ideias sobre o papel do Goldman no mundo. E diz que as teorias da conspiração que aparecem sobre o banco não são uma coincidência.
"Os governos dependem dos bancos, os bancos dependem dos governos. A relação é tão cinzenta e quem controla quem? Quem é o marionetista e quem é a marioneta? As pessoas podem ter as suas ideias sobre isto. Eu apenas expressei a minha perspectiva", disse.
Rastani não é o primeiro a atacar o papel do Goldman no mundo. Em Abril de 2010, um jornalista da "Rolling Stone" escreveu um artigo que se tornou famoso, tanto para os contestatários ao banco como para os que defendem o Goldman e utilizam a caracterização feita pelo repórter para ironizar com os detractores do banco. Matt Taibbi descreveu o Goldman como um "grande vampiro" que se alimenta da humanidade, com um apetite sanguinário implacável por tudo o que envolva dinheiro.
Do Goldman para o poder
O Goldman Sachs é uma escola que permite a muitos economistas e gestores atingir cargos de poder um pouco por todo o mundo.
Hank Paulson, antigo secretário de Estado do Tesouro dos EUA
Saiu da liderança do Goldman Sachs para ser secretário de Estado do Tesouro durante a administração Bush. Paulson delineou o programa de ajuda à banca durante a crise financeira de 2008, que também resgatou o Goldman.
Mario Draghi, futuro presidente do BCE
O futuro presidente do BCE, Mario Draghi, foi director-geral da Goldman Sachs International entre 2002 e 2005. A ligação levou-o a enfrentar perguntas dos eurodeputados sobre se esteve envolvido na ocultação do défice grego.
Mark Carney, governador do Banco Central do Canadá
O actual governador do banco central do Canadá passou 30 anos no Goldman.Foi responsável pelas áreas relacionadas com risco soberana e foi o homem com a tarefa de delinear a estratégia do banco durante a crise russa de 1998.
Romano Prodi, antigo presidente da comissão europeia
O antigo presidente da Comissão e ex-primeiro-ministro italiano esteve no Goldman nos anos 90. A ligação valeu-lhe críticas da Oposição quando rebentou um escândalo a envolver o Goldman e uma empresa italiana.
Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial
O actual presidente do Banco Mundial foi director-geral do Goldman.Antes de se juntar ao banco tinha trabalhado no Departamento do Tesouro norte-americano. Lidera o Banco Mundial desde Julho de 2007.
Robert Rubin, antigo Secretário de Estado do Tesouro dos EUA
Robert Rubin teve cargos de topo na administração do Goldman. Após 26 anos no banco foi escolhido por Bill Clinton como secretário de Estado do Tesouro. Após passar pelo Governo, trabalhou no Citigroup.
Ducan Niederauer, presidente da NYSE Euronext
O presidente da NYSE Euronext, Duncan Niederauer, que detém as bolsas de Nova Iorque e de Paris, Bruxelas, Amesterdão e Lisboa, foi responsável do Goldman pela área da execução de ordens dadas sobre títulos financeiros.
Mark Patterson, Chefe de Staff do Tesouro dos EUA
Mark Patterson é o chefe de gabinete do actual secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner. Antes de se juntar ao governo estava registado como lóbista, intercedendo para defender os interesses do Goldman.
António Borges, director do Departamento Europeu do FMI
O economista foi vice-presidente e director-geral do Goldman entre 2000 e 2008. Após sair do banco foi da associação que delineia a regulação dos ‘hedge funds'. Em Outubro de 2010, foi nomeado director do FMI para a Europa.
Carlos Moedas, Secretário de Estado adjunto do Primeiro Ministro
Após acabar o MBA em Harvard, no ano 2000, o actual responsável pelo acompanhamento do programa da ‘troika' foi trabalhar para a divisão europeia de fusões e aquisições do Goldman Sachs. Saiu do banco em 2004.
António Horta Osório, presidente do Lloyds Bank
O primeiro emprego de Horta Osório após terminar o MBA no Insead foi no Goldman, centrando-se na área de ‘corporate finance'. Actualmente é presidente do banco britânico Lloyds depois de ter estado no Santander.
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