quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Postal de Natal de uma puta em Minneapolis, Tom Waits

POSTAL DE NATAL DE UMA PUTA EM MINNEAPOLIS
Olá Charley, estou grávida
E a viver na rua 9
Mesmo por cima de uma livraria nojenta
à beira de Euclid Avenue
Deixei de meter droga
E parei de beber whiskey
O meu homem toca trombone
E trabalha no caminho de ferro

Ele diz que gosta de mim
Ainda que o bebé não seja dele
Diz que o vai criar como a um verdadeiro filho
Ofereceu-me um anel que a mãe costumava usar
E sai comigo pra dançar
Todos os sábados à noite

E Charley, penso sempre em ti
Todas as vezes que passo numa bomba de gasolina
Por causa da brilhantina que usavas o cabelo
E ainda tenho aquele disco de Little Anthony e os Imperials
Mas roubaram-me o gira-disco
O que é que se há-de fazer?...

Olha Charley, quase dei em doida
Quando o Mário foi de cana
Por isso voltei para Omaha
Para viver com os meus velhos
Mas toda a gente que conhecia
Ou morreu ou estava presa
Então voltei para Minneapolis
E desta vez penso que vou ficar por cá

Sabes Charley, pela primeira vez desde o acidente
Parece-me que sou feliz
Só queria ter agora todo o dinheiro
Que costumávamos gastar em droga
Comprava um parque de carros usados
E não vendia nenhum
Para usar um diferente em cada dia
A condizer com a maneira como me sentiste

Oh Charley, por amor de Deus,
Queres saber toda a verdade?
Não tenho nenhum marido
Ele não toca trombone
E preciso de dinheiro emprestado
para pagar ao advogado
E olha Charley, devo sair com pena suspensa
No dia de S. Valentim.

Tom Waits

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Que outras surpresas tem a "pesada herança" PSD/CDS para nos dar?

Era a pesada herança do Governo Sócrates/PS uma conversas mais estafadas ( mas em parte real, mas com ajuda do PSD/CDS que concordaram com muita porcaria feita pelo PS/Sócrates) que os comentadores trauliteiros falavam para justificar e impor a austeridade...PSD/CDS usavam "a pesada herança de Sócrates" para justificar todos os pontapés que deram no povo português. E como eles gostaram de bater no povo. Perguntamos agora: e a herança do Governo PSD/CDS, qual é? Serviço Nacional de Saíde sem resposta ( como se viu com a morte do jovem ontem por falta de cirurgia), BANIF em colapso e com o problema escondidinho para debaixo do tapete, e outras "prendas" que falta dizer. Outro banco a cair? Como está  Montepio? aguenta?. Há por aí muita trampa escondida. A conversa de que o país "está melhor" é uma grande treta.
Voltando ao BANIF: é surreal dar 2 ou 3 mil milhões de euros para ficar o controle nas mãos de um Banco estrangeiro, o Santander. Vendem nos os senhores comentadores, que é muito bom que haja várias bancos a concentrar-se para ganhar "músculo" dizem eles....é trágica tal concentração, pois resgatar um banco pequeno é caro, resgatar um banco grande é a loucura e ficaremos na penúria total

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

E o colapso total do BANIF...



Pois foi, agora já é Santander. 3 mil milhões para o Santander ficar dono do Banif...Pergunta: quando será a vez do Montepio?

BANIF: uma prenda de Natal , para por o povo a pagar!

Mais uma vez, pagamos e não impamos. PS e PSD vão se concertar e salvar o que não deve ser salvo. Um banco com 4 por cento do mercado leva a 4 mil milhões de dinheiro público. Difícil perceber! Mas fácil pagar! Falta perguntar: que banco está mesmo são?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Bombardear a Síria vai criar novos jiadistas... e é bom lembrar quem os patrocinou...

Parece evidente que as bombas não têm olhos e como tal vão acertar não só nos jiadistas mas noutros que estão na iminência de tornar jiadistas... e como tal vão engrossar as fileiras deste exercito. O combate tem de ser local, com forças locais, sem exércitos estrangeiWikileaks: EUA armaram Estado Islâmico que agora combatem no Iraque . E para mais:  
Segundo documentos obtidos pelo jornal britânico The Guardian, grande parte do armamento utilizado pelo EIIL veio de grupos armados pelos EUA e cooptados por Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Califado Islâmico, que hoje controla territórios na Síria e no Iraque.
Os Estados Unidos da América recusaram ajuda ao Governo da Síria no combate a grupos radicais islâmicos como a Al-Qaeda e o EIIL (Exército Islâmico do Iraque e do Levante, que recentemente mudou de nome para Estado Islâmico). Além disso, segundo revelações feitas pela Wikileaks, a administração norte-americana armou grupos como o Estado Islâmico. Os quase 3 mil documentos sobre o assunto foram divulgados pelo site dirigido por Julian Assange na passada sexta-feira.
A 18 de fevereiro de 2010, o chefe dos serviços secretos sírios, o general Ali Mamlouk, apareceu de surpresa numa reunião entre os diplomatas norte-americanos e Faisal a-Miqad, vice-ministro das relações externas da Síria. A visita de Mamlouk foi uma decisão pessoal de Bashar al-Assad, presidente sírio, em mostrar empenho no combate aos grupos radicais islâmicos no Médio Oriente, afirma o documento.
Neste encontro com Daniel Benjamin, coordenador das ações de contra-terrorismo dos EUA, “o general Mamlouk enfatizou a ligação entre a melhoria das relações EUA-Síria e a cooperação nas áreas de inteligência e segurança”, afirmam os diplomatas norte-americanos em telegrama destinado à CIA, ao Departamento de Estado e às embaixadas dos EUA no Líbano, Jordânia, Arábia Saudita e Inglaterra.
Para Miqad e Mamlouk, essa estratégia passava por três pontos: com o apoio dos EUA, a Síria deveria ter maior papel na região, a política seria um aspeto fundamental para ações de cooperação contra o terrorismo e a população síria deveria ser convencida dessa estratégia com a suspensão dos embargos económicos contra o país. Para Imad Mustapha, embaixador sírio em Washington, “os EUA deveriam retirar a Síria da lista negra”. Nas palavras de George W. Bush, o país fazia parte do “eixo do mal”, junto com Coreia do Norte e Afeganistão.
Apesar da discordância entre os EUA e a Síria em relação ao apoio de Assad a grupos como o Hezbollah e o Hamas, os dois países concordavam quanto à necessidade de interromper o fluxo de guerrilheiros estrangeiros para o Iraque e impedir a proliferação de grupos radicais, como a Al-Qaeda, o EIIL e o Junjalat, grupo palestiniano com a mesma orientação política. Para Benjamin, as armas chegavam ao Iraque e ao Líbano contrabandeadas através do território sírio.
Mamlouk reforçou a “experiência síria em combater grupos terroristas”. “Nós não ficamos na teoria, tomamos atitudes práticas”, foram as palavras do chefe de inteligência de Assad.
Segundo o general, o Governo sírio não mata ou ataca imediatamente esses grupos. “Primeiro, infiltramo-nos nessas organizações e estudamos o seu funcionamento”. De acordo com Damasco, “essa complexa estratégia impediu centenas de terroristas de entrarem no Iraque”.
Guerra do Iraque e surgimento do Estado Islâmico
No entanto, apesar de afirmarem cooperar com a Síria para combater o terrorismo, os EUA também trabalharam para armar os opositores sírios e isso causaria um problema maior na região: a criação do atual Estado Islâmico. Segundo documentos obtidos pelo jornal britânico The Guardian, grande parte do armamento utilizado pelo EIIL veio de grupos armados pelos EUA e cooptados por Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Califado Islâmico, que hoje controla territórios na Síria e no Iraque.
Saddam al-Jammal, líder do Exército de Libertação da Síria, outro grupo anti-Assad, também jurou lealdade ao Estado Islâmico desde novembro de 2013. Para garantir tal apoio, o EIIL mudou a sua estratégia de controlo: dava autonomia às autoridades locais em vez de controlar diretamente a governação das cidades. Como resultado, o EIIL expandiu-se e conseguiu lutar em cinco frentes: contra o Governo e os opositores sírios, contra o Governo iraquiano, contra o Exército libanês e as milícias curdas.
O armamento começou a ser enviado para os opositores sírios em setembro de 2013. Na época, analistas davam o EIIL como terminado e a alegação para fortalecer esses grupos era a de que o governo Assad havia usado armas químicas. Para enviar as armas, o Governo Obama usou bases clandestinas na Jordânia e na Turquia. Aliados dos EUA na região, como a Arábia Saudita e o Qatar, também forneceram ajuda financeira e militar.
Ironicamente, os EUA sabem inclusive a real identidade do líder do Califado. Durante um ataque à cidade iraquiana de Fallujah em 2004, os norte-americanos prenderam alguns dos militantes pelos quais procuravam. Entre eles, estava um homem de 30 e poucos anos e pouco importante na organização: Ibrahim Awad Ibrahim al-Badri. Dez anos depois, ele tornar-se-ia líder da mais radical insurgência islâmica contra o Ocidente, segundo informações de um oficial do Pentágono.ros, parece mais que evidente.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Maria de Belém , a paladina do Tratado Orçamental



Maria de Belém parece mais à direita que Marcelo: é a única que demite o governo, se este não cumprir o Tratado Orçamental... é caso para dizer com amigas destas de "esquerda" então venha lá um de direita. Maria d Belém já leu o tratado orçamental e já viu o que vai fazer ao país se for "cumprido" a rigor? Esta já não tem o meu voto, até Marcelo é melhor!

You can,t alwys get what you want; Rolling Stones

Um recado para BE e PCP...neste governo das "esquerdas"...

Marcelo Rebelo de Sousa não vai usar cartazes...pois claro, não precisa!



Depois de anos a aparecer em "prime time", vem agora dizer-nos que a sua campanha não terá cartazes...pois claro não precisa. Escusa é de se armar em poupadinho, em político que não tem gastos, coisa que está na moda. Marcelo aparece nas TVs ( semanalmente), nas revistas, em todo o lado e como tal o difícil é não ganhar. Parabéns, Marcelo!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Governo "social-comunista", ou o caminho português....

Não deixa de ser curioso o caminho português, em alternativa ao grego que é feito de conflito entre partidos "socialistas" ( Syriza será socialista?) e o partido comunista grego. Não quer dizer que esse coflito não suceda , mas o facto é para já é uma aliança em que existem objectivos de parte a parte. E se o BE está enamorado do PS, o mesmo não se pode dizer do PCP, que apoiando vai mantendo a serenidade ( e bem) , esperando que o conflito seja colocado mais tarde possível....
" Social-comunista" diz a direita...como se fosse uma ofensa, talvez inspirado na conversa do MRPP do social-fascismo.... Cuidado que se correr bem , este nome fica com boa indicação. É uma mudança social, com cunho e mão dos comunistas. E que mal tem isso?
Um tempo novo a observar dia a dia...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Lembram-se dos "cofres cheios"?????

Dizia Passos Coelho, que os cofres estavam cheios...agora ficaram vazios e escusam de culpar o governo "social-comunista" porque ainda nem entraram em funções ....Estes senhores do PSD/CDS são uns tangas e até no défice enganaram o povo!