sábado, 26 de março de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
Mario Draghi vai ao Conselho de Estado... vender as "reformas" da União Europeia
Para os que julgavam que Marcelo ia ser o Presidente da bonacheirice, está aí o primeiro caso de estudo: convida Mario Draghi para vir vender aos Conselheiros a bondade das "reformas" que muitos advinham que não é mais que mais e mais destruição que ainda não foi feita até ao momento... Reformas para esta gente é: despedir ainda mais fácil, entregar tudo ao privado, menos apoios sociais, ect
Como Marcelo não quer ser ele a vender esse peixe, chamou o Draghi para vender o peixe das "reformas", esses comprimidos amargos que o povinho tem de tomar. Era bom que alguns conselheiros fizessem como esta jovem... mas tal não irá acontecer.
terça-feira, 22 de março de 2016
Brasil, Quo Vadis? , António Teodoro ( 18 de Março 1016)
Brasil: quo vadis?
António Teodoro*
Estou neste momento a viver em S. Paulo, o que me permite acompanhar, hora a hora, a crise brasileira, tanto por intermédio da mídia (como dizem e escrevem os nossos amigos brasileiros) como, sobretudo, pelo contacto com as pessoas, professores e estudantes na Universidade, e cidadãos de classe média alta num dos bairros mais seletos de S. Paulo. E acompanho, pelas redes sociais e o noticiário em Portugal, os ecos desta crise brasileira que, se não fosse demasiado grave e mexesse com as vidas de milhões de pessoas, podia ser considerada uma tragicomédia.
Permitam-me que dê a minha interpretação sobre o que está a suceder no Brasil e dos possíveis desenvolvimentos da situação extremamente complexa que se vive. Uma situação que, segundo descrevem os meus amigos mais velhos, é muito parecida com a dos anos que antecederam o golpe de Estado de 1964, com a diferença de que, agora, enquanto os militares estão silenciosos e com uma (aparente) postura institucional respeitadora da Constituição, são os juízes (ou uma parte do poder judicial) que se assumem como os “justiceiros” que têm a missão de regenerar o País.
Os problemas existentes decorrem diretamente de três situações próximas e já bem definidas: (i) a derrota do candidato das elites nas últimas eleições presidenciais (que, num regime presidencialista como o brasileiro, são também de Governo), a quarta consecutiva, por uma pequena margem e com uma divisão de votos muito marcada em termos de classe e de região; (ii) as consequências da Operação Lava Jato que, de uma operação judicial (e policial) de combate à corrupção, envolvendo e mostrando uma poderosa teia de financiamentos partidários e enriquecimento ilícito de agentes públicos (políticos, empresários e gestores), evoluiu para um golpe de Estado a partir de parte do sistema judicial (e policial), em conluio com a mídia conservadora (com destaque para a rede Globo e as revistas Veja e Isto É); e, (iii) uma conjugação da crise económica com uma crise de governabilidade, onde a primeira piorou a vida dos brasileiros e a segunda colocou o sistema político à beira da implosão, com alguns dos grandes empresários nacionais presos (e as suas empresas em grandes dificuldades, gerando desemprego em massa) e um número elevado de deputados e senadores indiciados por crimes de corrupção, entre os quais os presidentes das duas câmaras do poder legislativo.
Num país com as desigualdades do Brasil, a metáfora da Casa Grande e da Sanzala (título do famoso livro do sociólogo Gilberto Freyre) ainda é a que melhor se adequa à descrição do tecido social brasileiro. As gravuras de Debret do século XIX, retratando as famílias do Rio de Janeiro passeando com os seus escravos, e as fotos daquela outra família do diretor financeiro de um grande clube de futebol, onde ele, a mulher e o caniche seguem à frente, acompanhados pela babá negra, fardada de branco, que leva os dois filhos do casal, a caminho de uma manifestação contra a Dilma e pelo impeachment, representam uma mesma realidade que mais de 150 anos ainda não conseguiu apagar. Para quem julga que estou a exagerar e essa foto representa um caso isolado, aconselho a, quando visitar S. Paulo, passear num shopping de luxo ou no bairro onde vivo.
A Casa Grande não se conformou com a derrota das últimas eleições presidenciais e temeu ainda mais a possibilidade do ex-Presidente Lula se voltar a candidatar (e poder ganhar de novo). Para que isso não pudesse acontecer, a grande mídia (mantenho o registo na escrita do português brasileiro) desenvolveu uma sistemática e persistente destruição do capital simbólico do antigo metalúrgico sindicalista (que saiu do Governo com uma aprovação superior a 80%, um valor sem precedentes na política brasileira), aproveitando muitos “rabos de palha” que, ele e sua família, e sobretudo a cúpula do PT, foram deixando e que revelam uma deterioração dos valores republicanos que deviam nortear todos aqueles que se batem por projetos de transformação social. Mas essa destruição do capital simbólico não foi suficiente. As últimas sondagens, no auge da revelação dos escândalos do “triplex do Guarujá” ou do “sítio de Atibaia” (que Lula jura que não são sua propriedade), mostram que Lula tem condições de disputar e poder ganhar de novo a Presidência da República.
Para isso, a Casa Grande, que, politicamente, é representada por uma complexa aliança de interesses capitaneados por um partido herdeiro da Arena (o partido da ditadura militar, hoje batizado de Democratas) e do PSDB, que tem em Fernando Henrique Cardoso o seu principal símbolo (há pouco mais de um ano vi-o, na Casa de Portugal, elogiar as grandes capacidades de “estadista” e de governante lúcido, imagine-se, a Pedro Passos Coelho) e putativos candidatos como o playboy Aécio Neves, ou o militante da Opus Dei Geraldo Alckmin, decidiu lançar uma ofensiva em várias frentes:
1. Criminalizar Lula e, se necessário, prendê-lo para impedir o seu regresso à vida política ativa.
2. Concretizar o impeachment da Presidente Dilma, derrubando o seu Governo.
3. Mudar algumas opções de política económica que permita ao capital financeiro ocupar o espaço deixado pelas empresas cujos dirigentes estão presos e, sobretudo, não ter o limite do “petróleo é nosso” (vigente desde o final da II Guerra), abrindo a exploração das imensas riquezas do pré-sal às grandes multinacionais do petróleo.
4. Destruir o PT (e o seu aliado próximo, o PCdoB) e impedir que, nos tempos mais próximos, a esquerda tenha influência eleitoral e possa dirigir um país com a dimensão do Brasil.
2. Concretizar o impeachment da Presidente Dilma, derrubando o seu Governo.
3. Mudar algumas opções de política económica que permita ao capital financeiro ocupar o espaço deixado pelas empresas cujos dirigentes estão presos e, sobretudo, não ter o limite do “petróleo é nosso” (vigente desde o final da II Guerra), abrindo a exploração das imensas riquezas do pré-sal às grandes multinacionais do petróleo.
4. Destruir o PT (e o seu aliado próximo, o PCdoB) e impedir que, nos tempos mais próximos, a esquerda tenha influência eleitoral e possa dirigir um país com a dimensão do Brasil.
É neste contexto que tem de ser entendida a decisão de nomear Lula Ministro da Casa Civil, ou seja, uma espécie de Primeiro Ministro nos regimes semipresidenciais, responsável pela articulação política e pela implementação do PAC (Programa de Aceleração e Crescimento). Essa entrada de Lula no Governo Dilma responde a duas necessidades imperiosas: (i) evitar a prisão preventiva de Lula, transferindo a competência da investigação e julgamento do “justiceiro” e mediático juiz de 1ª instância de Curitiba, Sérgio Moro, titular do processo da Lava Jato, para o Supremo Tribunal Federal, o único com competência para investigar e julgar titulares de órgãos de soberania; (ii) dar uma direção política à ação do Governo e reunir apoios para impedir a concretização do impeachment de Dilma.
Num depoimento publicado no Diário de Notícias de 17.03.2016, o Embaixador Seixas da Costa, que teve uma notável atuação enquanto responsável pela Embaixada de Portugal no Brasil há uns anos atrás, durante o mandato de Lula, chamou a essa entrada de Lula no Governo a “bala de prata”. Não concordo com o essencial do seu depoimento, embora concorde que esse gesto foi uma decisão muito arriscada, utilizada por Lula e Dilma para tentarem sair de um cerco extremamente apertado, onde um juiz de 1ª instância tem poderes para realizar escutas telefónicas (“grampear”) à Presidente da República, ou divulgar (“vazar”) para a comunicação social essas gravações no momento em que deixou de ter competência jurídica para acompanhar o processo; ou, onde um outro juiz de 1ª instância que, no Twiter e Facebook, se tinha vangloriado da sua participação nas manifestações anti-Dilma (postando inclusive no Facebook as inevitáveis selfies) se sente à vontade para impugnar um ato da Presidente, neste caso a nomeação de um Ministro que, legalmente, não está sequer indiciado de qualquer crime.
O uso da “bala de prata” é talvez o último recurso ao dispor de Lula e Dilma. Se perderem, caem os dois, o PT (e o conjunto da esquerda entrará em grande convulsão) e o Brasil tornar-se-á o eldorado de um neoliberalismo serôdio próprio das elites subalternas. Aqueles que acham que isto é discurso ideológico vejam qual a política que Estados que têm governadores do PSDB estão a tentar implementar (embora sem grande sucesso até agora, diga-se, devido à forte oposição de estudantes, professores e sociedade civil organizada): a entrega das escolas públicas a empresas privadas, um arremedo das charters schools, bandeira dos governos Bush pai e Bush filho nos EUA.
Os próximos dias serão decisivos. A decisão está também nas mãos daqueles que vivem na Sanzala. Até agora, quem saiu à rua e se pronuncia com os imensos meios que têm ao seu dispor, foram os que vivem na Casa Grande. A Sanzala tem estado na defensiva e silenciosa, por falta de projeto mobilizador e por desmoralização. Se Lula conseguir a mobilização da Sanzala, estabelecer pontes e alianças para alguns sectores da Casa Grande que ainda estão reticentes com o caminho que lhes é proposto, o Brasil pode retomar o caminho de transformações sociais que tiraram da miséria mais de 40 milhões de pessoas num espaço curto de uma década. Mas isso, implicará também, depois de um primeiro embate e da derrota do golpe de Estado em curso, uma renovação moral e um novo projeto político. Se Lula, o PT e as esquerdas não o fizer, a Sanzala não lhes perdoará, abandonando-os à sua sorte.
S. Paulo, madrugada de 18 de março de 2016
António Teodoro
segunda-feira, 14 de março de 2016
sábado, 12 de março de 2016
Wish you were here, Pink Floyd
sexta-feira, 11 de março de 2016
Mario Draghi coloca as taxas de juro a zero, ou o sinal de desespero do sistema....
O BCE vai inventando no meio do desespero que é esta moeda única. Uma moeda que a UE quer que desvalorize. Para além disso a banca alemã está de rastos ( assunto não falado na CS) e há que inventar meios de a salvar. a seguir às taxas de juro 0 , virão as taxas de juro negativas, para salvar a banca em risco de colapso e de injeções de mais biliões de euros...
Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente Super star! O show vai começar!
Marcelo é uma vedeta. quer ser amado pelo povo. quer ser falado pelo povo. Importa agora saber como se portará na presidência. Marcelo teve uma grande sorte: não se irá confrontar com leis muito castigadoras ( para já) que o obriguem a ser impopular. Por isso pode continuar o show: a comunicação social babada vai adorar... e babar-se...
quarta-feira, 2 de março de 2016
Santana Lopes reconduzido por mais três anos na SCML...
Este é um péssimo sinal. Durante quatro anos entrou a maltinha de PSD e CDS , os jovenzinhos logo colocados para o topo da Carreira, agora é a vez dos boys do PS, entrarão ( alguns já entraram...) pela mão dos vices. No entretanto continuarão as ijustiças laborais , uma das mais graves as ajudantes falmiliares a trabalharem a recibo verde , tendo chefia, horário, andando nas carrinhas da SCML, usando materiais SCML. São a cara da Santa, mas tratadas a baixo de cão. E Santana pode continuar a gastar como quer e lhe apetece...Ele há mesmo grandes vidas!
Se Passos estivesse no poder estaria a "bombar"...
Passos não percebeu que ao manter se na liderança do PSD é de facto grande trunfo de Antonio Costa. dizer que estaria a bombar para sair da crise, é trazer lembranças de cortes e injustiças sucessivas...enfim Passos continua , que nós fingimos que já esquecemos que foste o PM ainda há pouco... E já agora ouvir Passos a criticar o OE porque é despesista e... porque é de austeridade?? Bem entendam nos! Ou é uma coisa ou é outra!
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