sexta-feira, 8 de junho de 2012

Portugueses , os mais complacentes com a austeridade...

A população portuguesa é a mais «complacente» entre os diversos países da «zona de austeridade» na Europa, «pouco protestando» contra os cortes orçamentais ou aumentos de impostos, escreve hoje o New York Times.

Numa reportagem feita em Portugal, com chamada à primeira página do influente diário norte-americano, o jornalista Scott Sayare relata encontros com pequenos comerciantes, com uma empresa de mobiliário a atravessar dificuldades, a Tema Home, e com o sociólogo António Barreto, entre outros.
«A avaliação de cabeça fria» feita por um pequeno comerciante de que «as coisas podiam estar piores» é «um sumário fiel da abordagem [de Portugal] à crise do euro», escreve Sayare.
Na Grécia, a austeridade «na mesma linha» da vivida em Portugal «desencadeou o caos e a fúria nas ruas de Atenas e levou à escalada do extremismo político».
Ainda assim, «a maioria das pessoas na zona de austeridade - que inclui Irlanda, Grécia e Portugal – parece aceitar o fardo. Mesmo os irlandeses, que esporadicamente se rebelaram contra o seu governo, aprovaram o tratado fiscal da União Europeia por uma margem saudável».
«Talvez em nenhum outro lado, contudo, as pessoas estão tão submissas comoem Portugal. Mêsapós mês, o governo implementou cortes orçamentais, aumentos de impostos e leis laborais mais frouxas exigidas pelos seus credores internacionais, com poucos protestos dos portugueses», escreve o jornalista do Times.
O sociólogo António Barreto afirmou ao diário norte-americano que «esta geração não quer perder o que tem», adoptando um misto de «complacência e sabedoria».
Apesar da avaliação positiva do Fundo Monetário Internacional no cumprimento do programa de ajuda externa, refere o jornal, a «paciência» dos portugueses será testada nos próximos anos, com a contínua subida do peso da dívida pública em relação ao PIB e taxas de juro nos mercados em dois dígitos.
Com uma circulação média diária de 1,6 milhões de exemplares, o New York Times é o terceiro diário mais lido nos Estados Unidos, atrás do Wall Street Journal e USA Today


Nota de tripalio: tenho pena, mas tendo a concordar e muito. E o governo podia ter feito mais e mais e roubado mais ainda que nada de violento aconteceria. tenho as minhas possiveis explicações: é um povo comtemplativo, passa o Verão a olhar para o mar e de Inverno a sonhar com o Verão; tem grande influencia da lógica cristã de sofrer durante a vida para depois chegar ao paraiso ( depois de mortos). Ora o que os vários governos nos têm dito é , sofram agora que depois vem o leite e o mel e tudo vai correr bem.... e a maioria do povo crente acredita! Eles dizem : Se fizermos sacrificios agora, depois tudo vai bem  vão ver....Acreditam os tugas, por exemplo que esta "crise" é passageira e não um projecto ou um novo modelo de sociedade a ser implementado, sem direitos , sem salários, com a lógica do salve se quem puder´. A maioria do povo tuga não acredita que está nascer um novo modelo de sociedade ...de merda!
O povo português não vive, passa pela vida à . è o chamado "medo de existir ". Não compreendo, mas confesso que já me adaptei. Não desisto, por mim e meus filhos lutar e contariar a trampa de sociedade que se está criar, mas desisti de tentar arrastar quem quer ficar à espera da morte!

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