quarta-feira, 11 de junho de 2014

Controlinveste quer despedir mais de 100 ...

A Comissão de Trabalhadores da Lusa também vai associar-se à ação e, em comunicado, apelou aos trabalhadores da agência para se juntarem ao protesto
Jornalistas de vários órgãos de comunicação social concentram-se esta quinta-feira, pelas 13h00, frente ao edifício do Diário de Notícias em Lisboa para protestar contra o anunciado despedimento coletivo de mais de 100 trabalhadores no grupo Controlinveste.
Segundo disse à Lusa Sofia Lorena, do Público, a iniciativa surgiu de conversas entre jornalistas de vários órgãos de comunicação social, após hoje ter sido conhecido que o grupo Controlinveste - detentor do Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF e Jogo, entre outros - vai despedir 140 trabalhadores e negociar a saída de mais 20.
A decisão foi justificada com a quebra de receitas e a necessidade de reduzir custos para “garantir a sustentabilidade do nosso negócio”.
Vários jornalistas decidiram, assim, juntar-se esta quinta-feira, pelas 13:00 (hora de Lisboa), frente ao edifício do Diário de Notícias em protesto contra os despedimentos e em solidariedade com os trabalhadores que têm o posto de trabalho em risco.
A concentração deve contar com a presença de trabalhadores da Controlinveste, que aproveitarão a pausa de almoço para se juntarem.
A Comissão de Trabalhadores da Lusa também vai associar-se à ação e, em comunicado, apelou aos trabalhadores da agência para se juntarem ao protesto.
Já hoje, o Sindicato dos Jornalistas repudiou o anunciado despedimento, que deverá abranger 64 jornalistas, considerando que as saídas de trabalhadores comprometem a “capacidade operacional” do DN, do JN e da Global Imagens, “devido à erosão das suas redações descentralizadas e filiais”, enquanto na rádio TSF “a estrutura da edição em linha será profundamente afetada”.
O PCP enviou, ao final da tarde, uma pergunta ao ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, em que recorda que já em 2009 a Controlinveste despediu 122 trabalhadores.
Para o PCP, é “incompreensível” a decisão hoje anunciada, depois de a administração ter dito há alguns meses que com a reestruturação acionista, que ficaria “em condições de dar continuidade ao seu longo historial e enfrentar os exigentes desafios que se colocam na área dos media em Portugal” e do reforço financeiro do grupo, "com a conversão em capital de parte dos créditos bancários e do aumento de capital através de novos acionistas".

Nenhum comentário:

Postar um comentário