Presidente da administração do Curry Cabral demitiu-se
27.09.2011 - 17:57 Por Margarida Gomes
Os cortes anunciados no apoio aos tranplantes será um dos motivos que levou à demissão da administradora (Nuno Ferreira Santos)
A presidente do Conselho de Administração (CA) do Hospital Curry Cabral, EPE, a médica Ana Paula Sousa Uva, renunciou ao cargo na passada sexta-feira, tendo apresentado a sua demissão ao ministro da Saúde, Paulo Macedo por discordar dos cortes que são impostos a esta unidade de saúde.
O hospital já confirmou a demissão da presidente do CA do hospital, avançada esta tarde pela TVI 24, mas remete todos os esclarecimentos para o Ministério da Saúde que até agora não tornou pública nenhuma posição.
Tratando-se de um hospital EPE (Entidade Pública Empresarial), com a demissão da presidente caem os restantes membros da administração.
Ao que o PÚBLICO conseguiu apurar, Ana Paula Sousa Uva ter-se-á demitido do cargo por discordar das regras de financiamento impostas ao hospital pela Administração Central do Sistema de Saúde relativamente a 2010 com efeitos rectroactivos.
Uma outra razão terá a ver com as alterações anunciadas há dias pelo Ministério da Saúde relativamente ao financiamento dos transplantes de órgãos. O Curry Cabral é um dos maiores centros ibéricos de transplantes hepáticos e um dos maiores a nível europeu nesta área. Por outro lado, o hospital ocupa um lugar de destaque no transplante renal, sendo um dos centros portugueses de referência no que diz respeito aos transplantes reno-pancreáticos. O outro é o Centro Hospitalar do Porto (que integra o Hospital de Santo António, a Maternidade Júlio Dinis e o Hospital de Criança Maria Pia).
O PÚBLICO sabe que ex-presidente da administração do Curry Cabral terá confidenciado que perante todos estes cortes não seria possível continuar a gerir o hospital da mesma forma. A situação assume particular relevância na questão do financiamento dos transplantes que naquele hospital têm um peso muito significativo.
Em Agosto o Governo decidiu cortar para metade os incentivos para a realização de transplantes, com efeitos retroactivos desde o início do ano. Esses cortes de verbas previstos para o sector levaram à demissão do Presidente, João Rodrigues Pena, e da coordenadora nacional da Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação, Maria João Aguiar, em protesto contra as intenções do ministro da Saúde.
“Recuso-me a permanecer aqui porque o meu lugar está esvaziado de funções. Não posso aceitar que haja doentes que se podem salvar mas que vão morrer porque o país está em dificuldades económicas”, disse a coordenadora nacional das Unidades de Colheita de Órgãos, Tecidos e Células para Transplantação, Maria João Aguiar.
Tratando-se de um hospital EPE (Entidade Pública Empresarial), com a demissão da presidente caem os restantes membros da administração.
Ao que o PÚBLICO conseguiu apurar, Ana Paula Sousa Uva ter-se-á demitido do cargo por discordar das regras de financiamento impostas ao hospital pela Administração Central do Sistema de Saúde relativamente a 2010 com efeitos rectroactivos.
Uma outra razão terá a ver com as alterações anunciadas há dias pelo Ministério da Saúde relativamente ao financiamento dos transplantes de órgãos. O Curry Cabral é um dos maiores centros ibéricos de transplantes hepáticos e um dos maiores a nível europeu nesta área. Por outro lado, o hospital ocupa um lugar de destaque no transplante renal, sendo um dos centros portugueses de referência no que diz respeito aos transplantes reno-pancreáticos. O outro é o Centro Hospitalar do Porto (que integra o Hospital de Santo António, a Maternidade Júlio Dinis e o Hospital de Criança Maria Pia).
O PÚBLICO sabe que ex-presidente da administração do Curry Cabral terá confidenciado que perante todos estes cortes não seria possível continuar a gerir o hospital da mesma forma. A situação assume particular relevância na questão do financiamento dos transplantes que naquele hospital têm um peso muito significativo.
Em Agosto o Governo decidiu cortar para metade os incentivos para a realização de transplantes, com efeitos retroactivos desde o início do ano. Esses cortes de verbas previstos para o sector levaram à demissão do Presidente, João Rodrigues Pena, e da coordenadora nacional da Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação, Maria João Aguiar, em protesto contra as intenções do ministro da Saúde.
“Recuso-me a permanecer aqui porque o meu lugar está esvaziado de funções. Não posso aceitar que haja doentes que se podem salvar mas que vão morrer porque o país está em dificuldades económicas”, disse a coordenadora nacional das Unidades de Colheita de Órgãos, Tecidos e Células para Transplantação, Maria João Aguiar.
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