quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Recapitalizar a banca e esfolar os povos... foi assim decido.

Vão recapitalizar a banca europeia... muito bem, e pergunto:
- quam paga? Quem paga o tal bilião de euros de recapitalização?
resposta simples, os povos da Europa... e os povos com o garrote fmi , como Portugal e Irlanda  ( a Grecia fica em stand by) e outros ( Espanha e Itália) vão ter um problema: As suas dívidas são avaliadas e pagas pelo valor dos.... santos mercados. Óu seja as agências de ratting têm carta livre para esfolar os povos. Na Grecia as taxas já chegavam a 80 po cento. Agora mãos livres para o capitalismo. Por isso foi ver as bolsas europeias animadas. São como os abutres quando lhes cheira a morte!

Um comentário:

  1. Os principais resultados da cimeira europeia são os seguintes:
    - Perdão de 50% da dívida grega detida por privados.
    - Recapitalização da banca.
    - Aumento do fundo de resgate financeiro para 1 bilião(?) de €uros.

    Na minha opinião estamos perante um problema muito sério. No que toca ao perdão da dívida grega não estamos a dar uma grande prenda aos helénicos. Esta medida tem um potencial negativo muito grande porque por si não é solução, coloca a Grécia na lista negra dos mercado e sem capacidade de financiamento e parece-me sinceramente que são os preparativos para a saída da Grécia do euro.

    Sobre os outros pontos, num âmbito geral o meu comentário é de que nada disto chega. Não chega não por ser pouco, embora seja, mas não chega sobretudo por ser errado.

    Na minha opinião apenas se criou mais um mecanismo para protelar a situação, ao invés de a resolver. Permite, por exemplo, a compra de dívida directamente aos Estados nos mercados primários e secundários. É, na prática, uma nova linha de crédito para países com dificuldades sem no entanto resolver os motivos pelos quais os Estados chegaram a este ponto, o que significa, infelizmente e sem prazer o digo, que os problemas não acabaram e poderão ainda aumentar.

    Se calhar estaria na altura de o BCE funcionar como um verdadeiro Banco Central por oposição a ser um mero agente de regulação da inflação na zona euro, sacrificando tudo para a manter abaixo dos 2% e com o fazê-lo de forma talibanesca e sem compensação, afogar a economia.
    Sem crescimento económico todos os problemas estruturais desta união monetária são exponenciados e qualquer tentativa de resolução seguindo mais do mesmo está condenado, evidentemente, ao fracasso.

    A saída que apontarão como inevitável e inultrapassável para tudo isto será o quarto ponto que faltou na conclusão da cimeira que esta madrugada terminou:
    Federalismo, Governo Europeu e uma "espécie" de plano Marshall.

    Acontece que, para concluir, pessoalmente não me revejo num projecto europeu que nasça desta forma e sobretudo com este catastrofismo que parece cada vez mais servir os planos de alguém.

    Não me posso rever numa Europa que não vise uma Democracia Económica, uma Democracia Social, com integração dos Povos.

    Não me posso rever numa Europa que se sustente no aumento da precariedade, à custa de uma trágica redução dos direitos básicos dos cidadãos com o único objectivo de salvaguarda do capital.

    Mas também vai daí nunca ninguém me perguntou qual a Europa que quero e nem sequer, se quero fazer parte.

    Como alguém disse hoje:
    «É a confirmação daquilo que tínhamos vindo a dizer. Todas as preocupações, esforços e medidas [da zona euro] apontam para continuar a injectar o capital financeiro. Dinheiro dos povos, dos trabalhadores, dos contribuintes para continuar a salvar a banca dos seus desmandos. Esta é a linha central que está ali colocada", disse Jerónimo de Sousa»

    E disse muito bem.

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